FGTS: pagamento antecipado de contas inativas não alivia filas
O banco antecipou para o último dia 8 o atendimento da segunda etapa dos benefícios, para nascidos nos meses de março, abril e maio
Mesmo com a abertura das agências da Caixa Econômica Federal no sábado, os trabalhadores que foram sacar recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) enfrentaram filas nesta segunda-feira.
O banco antecipou para o último dia 8 o atendimento da segunda etapa das contas inativas para nascidos nos meses de março, abril e maio, que estava previsto para começar hoje. Esta fase deve concentrar o maior número de pagamentos, 26% do total, no cronograma que vai até julho.
Na agência do Ipiranga, zona sul, cerca de 20 pessoas aguardavam na fila por volta das 9h20. A unidade estava aberta desde as 8h da manhã para tratar exclusivamente de contas inativas do FGTS.
A cuidadora de idosos Verônica da Silva Dantas, 45 anos, já sacou uma parte da conta inativa em março: 1.140. Ele usou o dinheiro um guarda-roupa. Verônica deixou uma parte na conta e tentou sacar o dinheiro hoje. Ela quer usar o FGTS comprar uma cama. “Estou precisando. Mês que vem vou fazer uma cirurgia, preciso estar com cama nova”, disse.
Na agência Cambuci, região central, havia duas filas por volta das 9h40: uma de cerca de 30 pessoas que buscavam atendimento sobre FGTS, e outra com clientes esperando o horário de abertura para outros serviços, às 10h. O movimento foi grande também na manhã de sábado, e houve a distribuição de 214 senhas. A professora de educação física Nadia Matuck, 56, cogitou ir no fim de semana, mas o grande movimento a fez mudar de ideia. “Fui na agência perto da minha casa no sábado, mas só de passar em frente vi que estava lotada e decidi vir hoje”, relata.
Nem todas as unidade da Caixa estavam com espera na manhã desta segunda-feira. Na agência da Mooca, zona leste, quase não havia espera por volta das 8h da manhã. O motorista Weksley Antonis, 30, diz que preferiu sacar o dinheiro hoje, pois achou que no sábado estaria mais lotado.
“Acompanhei pela televisão e vi que no sábado estava cheio. Imaginei que hoje ia estar mais tranquilo”, afirmou. Ele pretende usar o dinheiro para pagar as dívidas, e não sabe ainda o que fará com o restante.
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