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Ferroviários entram em greve na Itália contra medidas do governo

Por Da Redação
27 jan 2012, 11h22

Por Gabriele Pileri

ROMA, 27 Jan (Reuters) – Ferroviários italianos entraram em greve nesta sexta-feira contra medidas do governo para abrir o setor de serviços públicos, inclusive de trens e ônibus, e mudar normas de profissões para ampliar a competitividade.

Ônibus, trens e bondes tiveram seus serviços interrompidos em várias cidades italianas. Uma manifestação em Roma atraiu milhares de pessoas que protestavam contra mudanças que os sindicatos temem que levem à redução dos direitos dos trabalhadores.

“Estamos cansados desses contínuos programas governamentais que sempre atingem os mais fracos, os aposentados e os trabalhadores, e não aqueles na elite política ou aqueles com verdadeiro poder econômico na Itália”, disse o sindicalista Mauro Rustici, que protestava em Roma.

A ofensiva do primeiro-ministro Mario Monti para reduzir o emaranhado de regras que regula o setor de serviços da Itália também provocou protestos dos taxistas e de outros grupos, como advogados e farmacêuticos.

Seu pacote de medidas ainda exige aprovação parlamentar. Segue-se a uma mescla de reduções de gastos e aumentos de impostos, incluindo uma reforma do sistema previdenciário aprovada antes do Natal e que pretende equilibrar o orçamento até 2013 e reduzir a enorme dívida pública italiana.

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As medidas de desregulamentação aumentariam o número de farmacêuticos, mudariam o sistema que garante um número limitado de licenças para táxis e aboliria taxas mínimas para os advogados.

Elas também buscam abrir a indústria do transporte ferroviário para a competição privada e permitir que os novos operadores adotem contratos trabalhistas que não têm as mesmas proteções que os oferecidos pelas ferrovias estatais.

Além disso, o governo também busca rever as regras do mercado de trabalho para introduzir mais flexibilidade e aumentar as oportunidades para os jovens.

O governo de Monti rejeitou temores de que os protestos possam tirá-lo do curso e acredita que as mudanças têm amplo apoio da população em geral, que lucrará com preços menores e mais competição.

“A ideia de que a desregulamentação é um sacrifício é errada. A desregulamentação é uma oportunidade”, disse o subsecretário de gabinete, Antonio Catricala, à Reuters em entrevista.

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Os protestos foram relativamente contidos e a popularidade do governo parece estar se mantendo nas pesquisas de opinião.

As objeções às controversas medidas foram acentuadas pela crescente pressão sobre as rendas familiares, com a Itália seguindo para o que muitos preveem como uma grave recessão em 2012.

Dados da agência nacional de estatísticas Istat, divulgados nesta semana, mostraram que a diferença entre a inflação de preço ao consumidor e o aumento salarial é a maior desde agosto de 1995.

Bloqueios de caminhoneiros nesta semana, protestando contra a alta dos combustíveis, provocaram graves interrupções a empresas como Fiat e Coca Cola , e esvaziaram as prateleiras em muitos supermercados.

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