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Fed sinaliza que pode dar alívio ao ritmo de alta nos juros

No mercado, aumentam as expectativas de um aumento de menor magnitude, de 0,50 ponto percentual na próxima reunião

Por Luana Zanobia Atualizado em 18 ago 2022, 15h08 - Publicado em 17 ago 2022, 17h15

O Federal Reserve (banco central norte-americano, Fed na sigla em inglês) pode reduzir o ritmo de alta nos juros, de acordo com sinalizações dadas na ata divulgada nesta quarta-feira, 17. O documento veio com um tom mais dovish, o que indica que a autoridade deve avaliar um aperto menor na próxima reunião, que acontece em setembro. No mercado, aumentam as expectativas de um aumento de menor magnitude, de 0,50 ponto percentual.

O Fed deu início à elevação de juros em março para conter a escalada da inflação no país, um fenômeno não vivenciado pelos americanos há mais de 40 anos. Nas últimas reuniões – junho e julho -, o Fed foi mais agressivo, elevando a taxa em 0,75 ponto percentual, colocando a taxa na faixa entre 2,25% e 2,5% ao ano. A inflação no país chegou a atingir 9,1% no acumulado de doze meses até junho, mas caiu para 8,5% em julho. A desaceleração reflete o efeito da política contracionista no país e queda nos preços das commodities no mercado internacional, como o preço do barril do petróleo.

Apesar do leve arrefecimento nos preços, o Fed ainda considera a inflação elevada e mantém o seu compromisso de ancorar para a meta de 2%, porém, demonstra preocupação com os setores mais sensíveis aos juros altos. “A mensagem da ata foi na direção de cautela, depois de um ajuste importante do juro básico. Seguem falando do risco de desancoragem das expectativas e da importância de trazer a inflação para a meta, mas a questão da atividade e o risco de aperto além do necessário está no radar”, avalia Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital.

O Fed também demonstra preocupação com o mercado de trabalho aquecido e com pressões externas, por isso, o banco deve continuar elevando os juros, mas em menor magnitude. “Os indicadores recentes de gastos e produção suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”, diz o documento.

Para o mercado, as chances do Fed elevar os juros em 0,50 ponto são de 59,5% contra 40,5% que apostam em um reajuste maior, de 0,75 ponto, segundo a CME Group. Antes da divulgação da ata, as apostas estavam praticamente empatadas. “Mantemos a avaliação de que a autoridade irá subir o juro em 0,50 ponto percentual na próxima reunião e conduzirá a taxa para o intervalo de 3,75% a 4,%, visto que os preços, ainda que tenham perdido ímpeto, permanecerão fortes e o mercado de trabalho, ainda que sensibilizado por uma atividade menos robusta, custará a romper para cima os 4% de taxa de desemprego.

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