O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está disposto a intensificar seu suporte monetário à recuperação da economia americana, afirmou nesta quinta-feira seu presidente, Ben Bernanke.
“O Federal Reserve possui variados instrumentos que podem ser utilizados para aumentar sua ajuda financeira à economia”, disse Bernanke em discurso em Minneapolis (Minnesota, norte).
Os diretores do banco central estão “dispostos a empregar esses instrumentos como convier para favorecer uma recuperação mais forte em um clima de preços estáveis”, completou.
O discurso de Bernanke foi muito parecido ao feito em 26 de agosto em Jackson Hole, no oeste dos Estados Unidos.
No entanto, ele omitiu uma parte do discurso no qual dizia que “a maioria das medidas de política econômica para impulsionar o crescimento no longo prazo está fora da competência do banco central”.
Segundo Bernanke, “o recente incremento da inflação, provocado entre outros fatores pelo encarecimento das matérias-primas, deverá moderar-se e a inflação deverá regredir com o tempo a uma taxa de 2,0% ou levemente acima dessa porcentagem”.
Ante os desafios atuais, “o Fed fará tudo o que for preciso para possibilitar que as taxas de crescimento e de emprego voltem a ser altas em um clima de estabilidade de preços”, prometeu Bernanke, quando em agosto, o desemprego alcançou 9,1% e não foram criados novos empregos nos Estados Unidos, segundo cifras oficiais.
Atualmente, os integrantes do Fed têm opiniões divergentes sobre se a instituição deveria flexibilizar ainda mais sua política monetária para impulsionar a economia dos Estados Unidos.
Bernanke preveniu que os políticos, obcecados pelo orçamento e pela dívida Federal, não devem fazer cortes muito drásticos nos gastos públicos.
O Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc) se pronunciará no dia 21 de setembro sobre esse assunto.
O presidente Barack Obama pronunciará um discurso sobre o emprego nesta quinta-feira à noite.