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Família brasileira mantém otimismo, garante Ipea

Por Da Redação
17 jul 2012, 11h59

Por Beatriz Bulla

São Paulo – Desaceleração da economia nacional, descrença em uma melhora no cenário externo, rebaixamento da previsão dos analistas de expansão do PIB para 1,90%, alto nível de endividamento e sinais de que o País não está reagindo aos pacotes de estímulo apresentados pelo governo. Nenhuma das notícias recentes parece ter afetado ainda o grau de otimismo das famílias brasileiras, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Índice de Expectativa das Famílias (IEF), calculado mensalmente pelo Ipea por meio de pesquisa em 3.810 domicílios de 214 municípios espalhados por todos os Estados, mostra que, em junho, o otimismo nacional com a situação socioeconômica do Brasil subiu 1,5 ponto na comparação com maio e chegou a 68,5 pontos. O resultado é o segundo maior dos últimos 12 meses, perdendo apenas, em 0,5 ponto, para o mês de janeiro deste ano, quando o índice marcou 69 pontos. O resultado de junho deste ano é 4,4 pontos superior aos 64,1 registrados ao mesmo mês de 2011.

“No geral, há uma boa expectativa das famílias, que se sentem seguras em seus empregos e se sentem com potencial de crescer no futuro. Muitas famílias estão sem altos graus de endividamento e mantendo o emprego. Não é um endividamento solto e não é um endividamento sem emprego”, disse a presidente do Ipea, Vanessa Petrelli Côrrea.

A maioria das famílias consultadas no IEF de junho (53%) afirmou não ter dívidas. Apesar de ser 0,5 ponto porcentual inferior ao resultado de maio, o indicador ainda é positivo. Em regiões do País como Centro-Oeste e o Sudeste, o número é ainda melhor. No primeiro caso, 88,8% das famílias declararam não possuir dívidas. No Sudeste, o número chega a 59,9%. Dentre os que declararam possuir dívidas, cerca de 1/3dos entrevistados no País disseram não ter condições de quitar plenamente as dívidas. No total nacional, 69% das famílias responderam não possuir contas em atraso.

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Quanto ao emprego, 80,2% das pessoas disseram se sentir seguras com a ocupação do responsável pelo domicílio. O resultado é inferior ao apresentado em maio (82,8%), mas segue alto. A expectativa de melhoria profissional do responsável pelo domicílio cresceu, passando de 39,8% em maio para 41,4% em junho.

Com emprego e sem dívidas, o momento parece propício para o consumo, de acordo com a pesquisa do Ipea. A maioria das famílias (60,2%) disse que agora é um bom momento para adquirir bens duráveis. O resultado variou negativamente 0,4 ponto porcentual com relação ao mês anterior, mas a porcentagem de famílias que disseram não considerar o momento ideal para consumir bens duráveis vem diminuindo desde setembro de 2011, quando o índice era de 41,1%, e chegou em 35,3% em junho deste ano. “Muita gente diz que não está muito endividada. E as pessoas acham que estão seguras em seu emprego. Elas consideram que ainda têm condições de consumir”, disse a presidente do Ipea.

Perspectivas

A expectativa das famílias para a economia nacional nos próximos 12 meses, um dos critérios usados pelo Ipea para medir o otimismo, continuou em queda. O índice passou de 66,8% de famílias que disseram acreditar que o Brasil passaria por melhores momentos em maio para 65%. Em abril, o índice marcava 68,3%. Com relação ao longo prazo, contudo, a percepção das famílias subiu em junho. Na leitura mais recente do IEF, 63% das famílias se disseram otimistas com a economia brasileira para os próximos cinco anos, ante 62% de respostas positivas registrados em maio.

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A percepção sobre a situação financeira piorou em junho. Em maio, 77,8% das famílias pesquisadas indicaram estar melhor financeiramente hoje do que há um ano. Em junho, o número caiu para 75,5%. Para o próximo ano, 85,3% das famílias têm expectativas positivas sobre a situação financeira. O resultado é 0,5 ponto superior ao registrado em maio (84,8%).

Regiões

A análise por regiões mostra que o Centro-Oeste puxou o indicador de otimismo das famílias no País. A região apresentou alta de 6,5 pontos em junho ante maio, passando de 79,5 para 86,0 pontos, um salto que faz a expectativa da região ser considerada como de grande otimismo.

O Sudeste, apesar de recuar 0,2 ponto no índice, é a segunda região com maior otimismo (69,9 pontos). Na sequência vêm as regiões Sul (66,8 pontos) e Nordeste (65,3 pontos). O Sul teve alta de 1,3 ponto na comparação com maio e o Nordeste recuou 0,2. O Norte do País entrou na casa do que o Ipea considera como otimismo, ao subir 3,2 pontos em junho, passando de 59,5 pontos em maio para 62,7.

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Para o Ipea, resultados entre 60 e 80 pontos são considerados otimistas. Abaixo de 60 pontos, a instituição divide as respostas entre grande pessimismo (0 a 20 pontos), pessimismo (20 a 40 pontos) e moderação (40 a 60 pontos). Acima do grau de otimismo, entre 80 e 100 pontos, a expectativa das famílias é classificada como grande otimismo.

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