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Falta de formalização do Porto de Santos mantém comércio exterior do país

Pela ausência de contratos formais de trabalho de muitos dos funcionários, estivadores decidiram manter as atividades do principal canal de exportação

Por Victor Irajá Atualizado em 4 jun 2024, 14h29 - Publicado em 19 mar 2020, 15h23

Em uma reunião na sede do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) entre representantes de centrais sindicais e a diretoria da empresa que administra o Porto de Santos realizada na quarta-feira 18, o Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) decidiram não paralisar as atividades. Apesar de o presidente do sindicato, Rodinei Oliveira da Silva, ter levado um documento pedindo que os funcionários cruzassem os braços temendo a contaminação pelo novo coronavírus, a Autoridade Portuária, por enquanto, demoveu os funcionários da ideia de entrar em greve.

A justificativa: como muitos dos trabalhadores nas docas não têm contrato formal de trabalho, os trabalhadores seriam prejudicados pela falta de rendimentos durante os dias de paralisação — em um momento de muita incerteza para a economia e a manutenção de vagas de trabalho. Por isso, a decisão foi exigir que o porto garanta as condições básicas de higiene e segurança para que os trabalhadores continuem suas atividades, como disponibilizar álcool em gel para os colaboradores. Uma outra reunião, porém, marcada para esta quinta-feira, 19, está mantida, onde os representantes discutirão sobre a paralisação.

A rotina de trabalhos foi mantida na manhã desta quinta. A movimentação de navios ainda está normalizada, já que as paralisações nas atividades da indústria chinesa ainda não puderam ser sentidas pelas autoridades portuárias brasileiras. Isso ocorre porque os navios de carga demoram entre 35 e 40 dias para chegar aos portos brasileiros da Ásia. A média de solicitações de atracamento ou de caminhões para escoar as importações, portanto, não teve redução significativa.

A expectativa dos portos, ainda, envolve o aumento do pedido para que navios se abasteçam de insumos durante o mês de março, período em que o Brasil exporta grande quantidade de soja. A média de atracações em janeiro e fevereiro foi de 12 e 13,4 navios por dia, respectivamente. Ainda não há dados preliminares sobre a média de embarques e desembarques de mercadorias em março.

A manutenção dos trabalhos no principal porto do país pode ajudar a mitigar efeitos nocivos já sentidos pela economia brasileira por causa da pandemia. O Ministério da Economia divulgou, na segunda-feira, 16, um balanço das exportações e importações do país nas primeiras semanas de março — e os resultados não são nada animadores. A média das exportações da segunda semana do mês somou 770 milhões de dólares, 20% abaixo da média de 962 milhões de dólares registrada na primeira semana de março. Os resultados foram impactados pela queda nas exportações da exportação de 33,9% de semimanufaturados, pelo recuo de 21,5% nos embarques de petróleo e derivados, soja, minério de cobre e milho. A exportação de manufaturados caiu 11,6% na comparação entre as duas semanas — impactados pela venda de aviões, automóveis, ferro e aço e motores.

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