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Facebook forneceu dados de usuários a fabricantes de celulares

Segundo o jornal 'The New York Times', a rede social admitiu também que não fiscalizou o que era feito com as informações repassadas

Por Redação
Atualizado em 14 nov 2018, 17h06 - Publicado em 14 nov 2018, 16h11

O Facebook admitiu ao Congresso dos Estados Unidos que compartilhou dados de milhões de usuários com fabricantes de smartphones sem a anuência dos usuários. Além disso, a rede social admite que não fiscalizou o que era feito com essas informações. As revelações constam em um relatório do Congresso que não foi divulgado. As informações são do jornal The New York Times.

A fiscalização frouxa foi detectada pela própria rede social em 2013 durante uma auditoria da PriceWaterhouseCoopers aprovada pelo governo dos EUA. A falha, porém, nunca foi comunicada aos usuários afetados, muitos dos quais não deram permissão explícita para o compartilhamento de dados com terceiros. O número de pessoas afetadas nesse caso não foi revelado.

A rede social afirma que no começo de 2013 estabeleceu parcerias com sete fabricantes para que tivessem acesso a “Experiência Facebook, que facilitava o acesso a dados de usuários da rede social, incluindo nos smartphones. Essas parcerias ocorreram após a publicação de um decreto de 2011 do FTC (Federal Trade Commission, órgão que fiscaliza empresas e garante direitos do consumidor) no qual a rede social tinha se comprometido a ceder apenas os dados necessários para os aplicativos dessas companhias funcionarem corretamente.

Durante a auditoria, a PriceWaterhouseCoopers investigou as parcerias com a Microsoft e a BlackBerry (na época, ainda chamada de RIM) e concluiu que existiam apenas “evidências limitadas” de que o Facebook fiscalizou as empresas de modo que atendessem as políticas de uso da rede social.

Posteriormente, o Facebook estabeleceu diversas parcerias do tipo com outras empresas. A prática só começou a cair em desuso após o escândalo da Cambridge Analytica, no qual os dados de 87 milhões de usuários foram compartilhados com a empresa de marketing político durante o processo do Brexit e das eleições presidenciais dos EUA de 2016.

Sobre o caso com as fabricantes de smartphones, o senador americano Ron Wyden, que revelou a carta do Facebook ao jornal americano, disse: “Não é o suficiente apenas aceitar a palavra do Facebook de que eles estão protegendo nossas informações pessoais”.

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Já o Facebook disse levar “muito a sério a ordem de consentimento do FTC” e que há anos submete seus “sistemas a avaliações profundas”.

Grupos ligados à proteção de privacidade também estão criticando o FTC por não conseguir fazer valer o decreto de 2011.

Com Estadão Conteúdo

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