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Facebook deu acesso a mensagens privadas de usuários a Netflix e Spotify

Segundo reportagem do 'NYT', rede social permitiu que 150 companhias de tecnologia tivessem acesso a dados pessoais de usuários

Por Redação
Atualizado em 19 dez 2018, 15h14 - Publicado em 19 dez 2018, 10h17

Durante anos, o Facebook deu a mais de 150 companhias de tecnologia, como Amazon, Netflix e Spotify, um acesso mais amplo a dados pessoais de seus usuários, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal The New York Times. Essas empresas tinham acesso a mensagens privadas e informações das redes de contato dos usuários.

O jornal nova-iorquino teve acesso a centenas de documentos internos da companhia de Mark Zuckerberg, que revelam como o Facebook compartilhou os dados sem o consentimento dos usuários e gerou assim seu modelo de negócio através da publicidade. A rede tem 2,2 bilhões de usuários.

O Facebook autorizou ao Bing, o motor de busca da Microsoft, que visse todos os nomes das amizades dos usuários do Facebook. Já a Netflix e o Spotify tiveram acesso a mensagens privadas dos usuários. A Amazon conseguiu o nome dos usuários e informações de seus contatos. Já o Yahoo pôde ver publicações das amizades dos usuários.

Segundo a reportagem, os dados pessoais dos usuários se tornaram a mercadoria mais valorizada da era digital, negociada pelas empresas mais poderosas do Vale do Silício. No caso do Facebook, foi fundamental para seu crescimento explosivo, agregando mais usuários e elevando a receita com publicidade.

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Algumas dessas práticas ocorreram pelo menos até os meses de verão, quando a rede social foi atingida por múltiplos escândalos de privacidade e chegou a informar publicamente que não permitia mais tais ações.

O diretor de privacidade do Facebook, Steve Satterfield, disse ao jornal nova-iorquino que nenhum desses acordos violou os acordos de privacidade ou os compromissos com os reguladores federais.

O compartilhamento de dados pessoais com empresas de tecnologia é mais um da série de escândalos sobre violação de privacidade que atinge o Facebook.  A rede social permitiu que a consultoria Cambridge Analytica, que atuou na campanha eleitoral de Donald Trump, tivesse acesso a dados de 87 milhões de usuários. A consultoria também teve acesso a mensagens privadas de usuários.

Esse escândalo obrigou o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, a dar explicações no Comitê de Energia e Comércio da Câmara de Representantes, do Congresso americano. Além da violação da privacidade, a rede é questionada pela falta de mecanismos para controlar o uso da plataforma na disseminação de notícias falsas.

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Outro lado

O Facebook afirmou que não deu a empresas acesso a dados pessoais sem permissão dos usuários a grandes empresas de tecnologia, como afirma a reportagem. “Nenhuma dessas parcerias ou recursos concedeu às empresas acesso a informações sem a permissão dos usuários, nem violou nosso acordo de 2012 com a Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês)”, disse Konstantinos Papamiltiadis, diretor de plataformas de desenvolvedores e programas do Facebook, no site da empresa.

Segundo a rede social, o que aconteceu foi ter ajudado seus usuários a acessar as contas no Facebook ou recursos específicos em dispositivos e plataformas desenvolvidos por outras empresas como Apple, Amazon, Blackberry e Yahoo, conhecidos como parceiros de integração. Esses parceiros têm acesso a mensagens, mas os usuários “tiveram que fazer login explicitamente no Facebook primeiro” antes de usar o recurso de mensagens de um parceiro.

O Facebook afirmou que encerou quase todas essas parcerias nos últimos meses, exceto com a Apple e Amazon.

(Com EFE e Reuters)

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