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Exportações da China têm maior queda em dois anos

Enfraquecimento da demanda global é apontado como motivo para o resultado; apesar disso, o país registrou superávit recorde com os Estados Unidos

Por Da redação
14 jan 2019, 10h15

As exportações e importações da China recuaram em dezembro do ano passado, indicando enfraquecimento na demanda global. Dados oficiais divulgados nesta segunda-feira, 14, mostram que as exportações caíram 4,4% em dezembro, após um crescimento de 5,4% em novembro. Já as exportações caíram 7,6% em dezembro, ante uma alta de 3% em novembro.

Analistas especulam que a China terá que acelerar e intensificar suas políticas de afrouxamento e medidas de estímulo este ano, após a atividade industrial ter encolhido em dezembro.

Apesar da desaceleração, a China teve em 2018 o maior superávit comercial com os Estados Unidos já registrado, o que pode levar o presidente norte-americano, Donald Trump, a ampliar as ameaças sobre Pequim em sua disputa comercial.

O superávit da China com os EUA aumentou no ano passado em 17,2% por cento, para 323,32 bilhões de dólares, o mais elevado já registrado desde 2006.

O governo norte-americano impôs tarifas de importação sobre centenas de bilhões de dólares em produtos chineses no ano passado e ameaçou novas ações se Pequim não mudar suas práticas em questões que variam de subsídios industriais a propriedade intelectual. A China retaliou com tarifas próprias.

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No entanto, os dados de exportação de Pequim vinham sendo surpreendentemente resilientes às tarifas em grande parte de 2018, possivelmente porque as empresas aumentaram as remessas antes que a tarifas maiores e mais rígidas dos EUA entrassem em vigor.

Assim como muitos observadores do mercado previram, esse aumento diminuiu nos últimos meses. As exportações da China para os EUA caíram 3,5% em dezembro, enquanto as importações dos EUA recuaram 35,8% no mês.

O total das exportações globais da China subiu 9,9% em 2018, seu desempenho mais forte em sete anos, enquanto as importações aumentaram 15,8%.

Mas os dados de dezembro, juntamente com os vários meses de queda nos dados de encomendas à indústria, sugerem mais enfraquecimento de suas exportações no curto prazo.

“Na nossa opinião, uma recessão comercial é bem provável”, disse Raymond Yeung, economista-chefe da ANZ, em uma nota, prevendo um período de contração das exportações semelhante ao de 2015 e 2016.

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“O ciclo global de eletrônicos continua a ser o principal motor das exportações chinesas. Uma retração potencial no setor representa o risco real para a perspectiva externa de Pequim, mesmo que a China e os EUA cheguem a uma resolução sobre sua disputa comercial.”

As tarifas mais altas que a China vem cobrando sobre os produtos dos EUA também atingiram o crescimento geral das importações. Para todo o ano de 2018, a soja, a segunda maior importação dos EUA, caiu pela primeira vez desde 2011.

Mesmo que Washington e Pequim cheguem a um acordo comercial em sua atual rodada de negociações, isso não será uma solução para a desaceleração da economia chinesa, disseram os analistas.

“A desaceleração das importações é consistente com outros sinais de que o crescimento na economia doméstica da China continua a enfraquecer”, disse Louis Kuijs, chefe de economia da Ásia na Oxford Economics.

“O crescimento econômico global desacelerou ainda mais no quarto trimestre e continua sob pressão do enfraquecimento das exportações, do lento crescimento do crédito e da desaceleração da atividade imobiliária.”

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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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