Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Exportações brasileiras para a Venezuela caíram 63% este ano

Crise econômica e política vivida pelo país diminuiu o volume de exportações ao menor valor na última década

Por Da redação
Atualizado em 18 ago 2016, 09h08 - Publicado em 18 ago 2016, 09h03

A forte crise econômica e política vivida pela Venezuela derrubou o volume de exportações brasileiras para o vizinho sul-americano ao menor valor na última década. A tendência de queda começou em 2013, mas se acentuou agora. Considerando o acumulado de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2015, a exportação caiu 63%.

Em 2008, as exportações para a Venezuela alcançaram 5,2 bilhões de dólares (aproximadamente 16,69 bilhões de reais), número que caiu para 3 bilhões de dólares no ano passado (aproximadamente 9,63 bilhões de reais). De janeiro a julho deste ano, ficaram em 700 milhões de dólares (cerca de 2 bilhões de reais), ante 1,8 bilhão de dólares no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Para o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o “rebaixamento” da Venezuela no Mercosul – Brasil, Argentina e Paraguai vêm se opondo à presidência venezuelana no bloco – seria pouco sentido pelos exportadores brasileiros, porque o comércio bilateral foi perdendo força ao longo dos anos.

“É sempre ruim perder um parceiro comercial, mas, neste caso, estamos quase no zero. Os empresários brasileiros não querem arriscar vender para lá porque não têm confiança de que vão receber”, afirma. Na comparação com os países do Mercosul, a Venezuela foi o segundo principal destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da Argentina, até 2015. Neste ano, perdeu participação e hoje é o país com a menor relevância para as exportações, sendo ultrapassada por Paraguai e Uruguai.

Segundo Abijaodi, os poucos que ainda exportam para a Venezuela são de atividades relacionadas à alimentação, que ainda conseguem receber. Dos dez principais produtos vendidos ao vizinho, cinco são alimentos. Mesmo assim, a desaceleração das compras da Venezuela fez com que o país perdesse o posto de principal importador de produtos do agronegócio brasileiro na América do Sul. O posto atualmente é do Chile. O setor mais afetado é o de carnes.

Continua após a publicidade

Em relação às exportações de manufaturados, os bens mais elaborados produzidos pela indústria, a Venezuela foi o segundo principal destino das exportações brasileiras apenas em 2012, ano que aderiu ao bloco. Já em 2013, perdeu a posição para o Paraguai e hoje é o país com a menor relevância para as exportações de manufaturas.

Leia também:
Justiça autoriza repasse de recursos públicos à Rio-2016
TCU bloqueia R$ 2,1 bilhões em bens da Odebrecht e OAS

O diretor da CNI lembra que, em último caso, fora do Mercosul, o Brasil já tinha assinado tratado comercial com os venezuelanos que garante as mesmas tarifas do bloco, o que pouco afetaria a relação comercial dos dois países se a Venezuela deixasse o bloco. Já as importações brasileiras estão concentradas em produtos do complexo petroquímico. Apenas a nafta representa mais da metade das compras da Venezuela.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.