A Alemanha registrou um excedente comercial de 158 bilhões de euros em 2011, contra 155 bilhões em 2010, graças a um aumento de 11,4% das exportações, que estabeleceram um novo recorde.
Pela primeira vez, as exportações da maior economia europeia superaram a barreira de um trilhão de euros, com o novo recorde de € 1,06 trilhão, segundo a Agência Federal de Estatísticas.
A Alemanha, que foi superada pela China como principal exportador mundial, permanece atrás do gigante asiático no valor absoluto de mercadorias exportadas.
Em 2011 a China exportou 1,432 trilhão de euros.
Mas o saldo da balança comercial da Alemanha é claramente mais vantajoso que o da China, que foi de 117 bilhões de euros.
Além do aumento das exportações, a Alemanha também registrou um avanço das importações (+13,2%), em consequência da alta do consumo interno.
As importações também registraram um recorde, de 902 bilhões de euros.
A balança de pagamentos, saldo de todos os intercâmbios com o exterior, registrou em 2011 um saldo positivo de 136 bilhões de euros, uma leve queda na comparação com o ano anterior (€ 142 bilhões).
No mês de dezembro, o excedente comercial foi de 13,9 bilhões de euros, dentro das expectativas.
A maquinaria, os produtos químicos e os automóveis “made in Germany” continuaram apresentando bons índices de venda em todo o mundo. Apenas para a China, foram exportados 4,5 milhões de veículos alemães, onde o apetite por veículos Mercedes e BMW continuou em alta, assim como nos Estados Unidos, Brasil e Índia.
A Alemanha superou claramente seus sócios europeus. A segunda economia da zona do euro, a francesa, registrou um déficit comercial de quase 70 bilhões de euros.
Os problemas financeiros de seus sócios europeus, no entanto, podem afetar o comércio exterior alemão, advertem especialistas.
Em dezembro, por exemplo, as exportações alemãs aos países da zona do euro, que representam 40% do total, recuaram 3,3% com relação a dezembro do ano anterior.
De acordo com analistas de mercado, a Alemanha tem tido sucesso em contornar a crise enquanto ela se limita em grande parte a países de economias relativamente pequenas, como Grécia, Irlanda e Portugal, mas caso ela afete com maior intensidade Itália, Espanha, França e Grã-Bretanha os efeitos serão diferentes.
A Federação Alemã de Exportadores, BGA, prevê uma freada no ritmo de crescimento das vendas ao exterior para este ano, e o situa em 6%, a metade do registrado no ano passado.