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Europeus tentam evitar propagação da crise

Por Por Céline Loubette
22 nov 2011, 14h38

Os líderes europeus intensificaram as discussões nesta terça-feira para tentar limitar o contágio da crise na Eurozona, que agora aponta a França como próxima vítima, em um contexto mundial exacerbado pelo bloqueio político nos Estados Unidos em relação ao problema da dívida.

Em sua primeira viagem ao exterior como novo chefe do governo italiano, Mario Monti vai se reunir em Bruxelas com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso, e da UE, Herman Van Rompuy.

Mario Monti, também à frente do ministério da Economia, apresentou na semana passada um programa ambicioso de austeridade e a reativação da economia para recuperar a credibilidade do país.

A Itália, terceira economia da Eurozona, possui uma altíssima dívida de 1,9 trilhão de euros (120% de seu PIB) e seus títulos aumentaram nas últimas semanas a níveis insustentáveis para longo prazo.

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O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, foi recebido nesta terça-feira em Luxemburgo por Jean-Claude Juncker, chefe dos ministros das Finanças da Eurozona.

Os ministros pediram que o governo grego se comprometa por escrito para aplicar as medidas de austeridade e as reformas exigidas pela UE antes do empréstimo de 8 bilhões de euros até novembro.

Papademos não conseguiu apresentar este compromisso escrito na segunda-feira quando se reuniu com Barroso e Van Rompuy, mas prometeu que o seu governo de coalizão fará o que foi pedido.

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O premiê grego se reunirá durante esta tarde com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em Frankfurt.

As bolsas europeias fecharam em queda nesta terça-feira, refletindo a persistência do clima de tensão.

Os mercados continuam agitados com as ameaças de rebaixamento da nota de classificação da França, após a advertência da agência Moody’s, feita na segunda-feira. A perda do triplo A pode se resultar em um aumento do custo de financiamento da segunda economia do euro.

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Neste clima de pressão, o Tesouro espanhol emitiu nesta terça-feira 2,9 bilhões de euros em dívidas com vencimentos a três e seis meses, mas para isso precisou pagar juros elevados.

Em busca de uma solução para este contágio, multiplicaram-se os pedidos para que o BCE compre maiores quantidades de dívidas soberanas dos países pressionados.

O embaixador dos Estados Unidos, William Kennard, deu a entender que o BCE tem “potencial” para contribuir de forma mais decisiva para acalmar a crise da dívida na Eurozona.

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Uma fonte da Comissão Europeia disse que o BCE é “a principal alternativa” em curto prazo para lutar contra o contágio da crise.

Segundo o ex-presidente do banco francês Crédit Lyonnais e atual presidente do banco de negócios Leonardo, Jean Peyrelevade, se o BCE não intensificar sua atuação no mercado da dívida pública, haverá “uma crise como a de 1929”.

Contudo, a Alemanha e o próprio BCE se opõem à transformação do instituto emissor em um “prestamista de última instância”, comprando massivamente a dívida dos Estados.

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A incerteza generalizada também se deve as más notícias dos Estados Unidos. A “supercomissão” de democratas e republicanos não chegou a um acordo sobre o corte de 1,2 bilhão de gastos públicos.

Atento aos temores de mercado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira a criação de um novo instrumento de empréstimos para “quebrar a cadeia de contágio” de crises econômicas e financeiras.

A instituição disse em um comunicado que seu conselho de administração autorizou uma “Linha preventiva de liquidez”, que havia sido prometida pelo Grupo de 20 países mais industrializados e emergentes, que põe a disposição dos Estados membros um crédito para cobrir suas necessidades imediatas.

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