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Europa pede ao G20 apoio para evitar volatilidade do euro

Comissário Olli Rehn endossa pedido de políticas coordenadas para combater desvalorização do euro

Por Da Redação
12 fev 2013, 16h31

A Comissão Europeia alertou nesta terça-feira sobre o impacto de uma excessiva “volatilidade” do euro e pediu para que o encontro dos países do G20 (grupo que engloba as economias mais industrializadas do planeta) reafirme seu compromisso com o sistema financeiro para evitar “uma guerra de divisas” em escala planetária. “A excessiva volatilidade e movimentos desordenados nas taxas de câmbio têm um impacto negativo na estabilidade econômica e financeira e, por isso, é que temos que por em prática políticas coordenadas para evitar uma onda de desvalorizações”, disse Olli Rehn, vice-presidente da Comissão, em coletiva de imprensa no final de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia (UE).

Segundo o comissário, a Europa espera que o compromisso do G20 com a estabilidade do sistema financeiro internacional “seja reafirmado na reunião de sexta-feira e sábado em Moscou”, acrescentou Rehn, que também é responsável por assuntos monetários da CE.

O G7 (grupo de países mais industrializados do mundo composto por Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, Itália, Canadá) se comprometeu a vigiar de perto as ações sobre política monetária, mas insistiu que são os mercados que devem definir o valor da moeda, apaziguando os temores de uma guerra monetária global. “Reafirmamos nosso compromisso para que o mercado determine as taxas de juros e para realizar um estreito acompanhamento sobre os movimentos nos mercados internacionais de divisas”, disse o G7 em um comunicado divulgado dias antes do encontro em Moscou das maiores potências industrializadas.

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Nos últimos meses, as políticas de alguns países, como Estados Unidos e Japão, provocaram a desvalorização do dólar e do iene, mas também uma valorização da moeda única europeia. Os países do G20 pretendem analisar as táticas de alguns países – em alguns casos mediante estímulos artificiais – para desvalorizar suas divisas com o objetivo de aumentar suas exportações e se tornar mais competitivos.

Contudo, é o Japão que está no olho do furacão, depois de iniciar uma política monetária agressiva com o objetivo de levar a inflação a 2%. Os Estados Unidos também pediram ao G20 para evitar a chamada “desvalorização competitiva” das moedas dos países membros para não minar a recuperação econômica, que ainda é frágil. “A assimetria nas políticas de taxas de câmbio cria fontes de conflito”, alertou Lael Brainard, secretária adjunta do Tesouro para Assuntos Internacionais, que reiterou o pedido norte-americano à China para que deixe o yuan flutuar mais livremente.

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A ameaça de uma volatilidade das moedas preocupa cada vez mais a Europa. Contudo, o ministro francês de Finanças, Pierre Moscovici, não conseguiu convencer seus homólogos europeus, reunidos na segunda e nesta terça-feira em Bruxelas, a definir uma postura comum para acabar com a especulação no mercado de divisas e frear a tendência de alta da moeda europeia. Há dias a França alerta que uma supervalorização do euro eleva o preço das exportações e as torna menos competitivas.

Mas os líderes europeus destacaram que o debate não é tanto sobre a supervalorização do euro, e sim sobre como evitar uma “volatilidade ou evoluções excessivamente abruptas” da moeda. Alguns países sugeriram que, na realidade, o que a França busca é esconder os problemas de competitividade que tem em casa.

Os especialistas alertam que a política do Banco Central Europeu (BCE) está dando sinais de menor flexibilidade, o que também impulsiona a alta da moeda europeia. “Não é tanto uma questão de sobrevalorização ou de depreciação. O que nos preocupa são os movimentos voláteis. Vimos que desde o mês de agosto a taxa de câmbio efetivo nominal se valorizou quase 4%, em um movimento (do euro) importante”, destacou o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos. Isso também reflete “a maior confiança que o euro gerou nos últimos meses já que as dúvidas sobre o seu futuro se dispersaram”, acrescentou.

(Com Agência France-Presse)

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