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EUA preparam plano B para livrar o país do calote

Líderes democratas e republicanos se movimentam nos bastidores para conseguir aprovação de pacote

Por Da Redação
15 jul 2011, 10h57

Plano B seria uma das razões da pausa das reuniões previstas para esta sexta-feira entre o governo e a oposição

Um plano B para conseguir impedir um possível calote da dívida do governo dos Estados Unidos ganhou força na noite da quinta-feira, quando as negociações entre o presidente Barack Obama e membros do congresso americano foram suspensas. Segundo o Wall Street Journal, o plano está sendo elaborado silenciosamente entre os líderes dos democratas e republicanos no Senado, Harry Reid e Mitch McConnell – e seria uma das razões da pausa das reuniões desta sexta-feira.

O plano uniria um pacote de cortes nos gastos a uma estratégia proposta por McConnell no início da semana, que daria a Obama o poder de aumentar o teto da dívida em 2012, em três etapas. No entanto, ele não incluiria aumento de impostos, segundo uma fonte democrata afirmou ao WSJ. Reid e McConnell também estariam desenhando a criação de um comitê para identificar novas medidas de redução do déficit e trabalhar nos bastidores para que o congresso vote o novo plano.

O mecanismo seria parecido a uma comissão que havia sido criada há alguns anos para definir o fechamento de bases militares. O plano B ganhou força no final de quinta-feira por duas razões: primeiro, pela impossibilidade do governo americano em aprovar junto ao Partido Republicano a estratégia de cortes de gastos de longo prazo; e segundo, pela ameaça de rebaixamento da classificação de risco da dívida americana pela agência Standard&Poor’s – dias após a Moody’s fazer o mesmo aviso.

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Reunião fracassada – Na quinta-feira, fracassou a quinta reunião em cinco dias entre Obama e congressistas para encontrar soluções para a dívida pública do país. O senador Mitch McConnell havia classificado a reunião de quinta-feira como “boa” e prometido disposição em continuar negociando com o governo. A boa intenção, contudo, não resultou em sucesso. Mais cedo, a Casa Branca já havia advertido os negociadores a mudar seu foco sobre o aumento do limite máximo de endividamento do país – ponto que tem de ser aprovado pelo Congresso até 2 agosto sob o risco de uma paralisação do governo federal.

Essa elevação do teto da dívida, no entanto, só deve ser ratificada se os parlamentares conseguirem um acordo sobre como reduzir a expansão do déficit público americano nos próximos dez anos – condição imposta pelo presidente Barack Obama. Se Washington não mostrar que tem dinheiro suficiente para pagar suas contas, as taxas de juros poderiam disparar, haja vista que as agências de classificação de risco, como a Moody’s deixou claro, poderiam rebaixar a nota da dívida americana.

Acordo – No início da tarde de quinta-feira, em Washington, a Casa Branca chegou a anunciar um acordo preliminar sobre cortes de 1,5 trilhão de dólares no orçamento para desacelerar o ritmo de expansão do déficit público em dez anos, informou o portal econômico MarketWatch. O acordo abriria caminho para que o Congresso aprovasse a lei que aumenta o teto da dívida norte-americana. A reunião marcada para o final da tarde seria utilizada para detalhar o contingenciamento. Ao que tudo indica, no entanto, os parlamentares voltaram a se desentender e o diálogo voltou a estaca zero.

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