Os manifestantes “anti-Wall Street” lançam nesta quarta-feira à tarde uma nova manifestação em Nova York com o apoio de alguns sindicatos, em meio a um protesto contra o corporativismo e a cobiça do mundo das finanças que já leva mais de duas semanas.
O número de manifestantes, cerca de 2.000 segundo constatou um jornalista da AFP, cresceu abruptamente pouco antes da marcha iniciar graças à convocação dos sindicados, e todos eram observados por dezenas de policiais.
A multidão tocava tambores e levantava cartazes como “salvem nossa República”, “Igualdade, democracia, revolução” nas ruas estreitas dos arredores de Wall Street, centro simbólico do mundo corporativo dos Estados Unidos.
Com canções como “assim é a democracia” e “somos 99%”, a difusa coalizão de manifestantes recebeu o apoio de grandes sindicatos como o AFL-CIO, United Auto Workers (UAW), Transit Workers Union ou PSC-CUNY United, que representa mais de 20.000 professores e empregados da Universidade da Cidade de Nova York.
“Mais manifestantes, mais poder, mais publicidade”, disse Kelly Wells, 26 anos, que disse ter viajado de Oregon (noroeste) para se somar à marcha pacífica.
A mobilização começou em Foley Square, no sul de Manhattan, e se dirige para o distrito financeiro, onde está localizada a Bolsa de Nova York.
Um pouco antes, os manifestantes convocaram uma concentração em Liberty Plaza, onde os “anti-Wall Street” instalaram seu acampamento desde o último 17 de setembro.
Os manifestantes informaram ao site “Occupy Wall Street” que protestam em solidariedade àqueles que viram “suas aposentadorias e sua saúde desaparecerem” devido às práticas corporativistas das instituições financeiras e dos grandes bancos.
O presidente do sindicato dos professores, Michael Mulgrew, expressou seu apoio e orgulho pelos que protestavam.
“Foram capazes de gerar um debate nacional que precisava ter sido instalado há anos”.
O presidente do Sindicato dos Transportes “Amalgamated Transit Union”, Larry Hanley, afirmou que o protesto em Wall Street “manifesta os diversos problemas que as pessoas que trabalham nos Estados Unidos têm enfrentado”.
“Falam em nome da ampla maioria dos americanos frustrados pelos banqueiros e pelos corretores que se aproveitam daqueles que trabalham duro”, completou em um comunicado.