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EUA: fracasso da supercomissão expõe país à decisão das agências

Por Por Hugues HONORÉ
22 nov 2011, 15h49

O fracasso da supercomissão orçamentária encarregada de propor reduções ao déficit nos Estados Unidos expôs a estagnação política em Washington e deixou o governo mais vulnerável à ação das três grandes agências classificadoras, Moody’s, Fitch e Standard and Poor’s.

A instância bipartidária formada por doze congressistas encarregados de encontrar uma fórmula para reduzir o déficit orçamentário em ao menos 1,2 trilhão de dólares em 10 anos não alcançou um acordo na noite de segunda-feira, quando foi anunciado o fracasso das negociações.

Das três grandes agências, a Standard and Poor’s foi a primeira a se pronunciar, mantendo a nota americana sem alterações, em “AA+” (a segunda classificação mais alta), e mantendo também sua perspectiva como “negativa”.

As divergências entre os democratas e os republicanos já haviam culminado na redução da nota americana pela Standard and Poor’s em 6 de agosto, um fato histórico que a fez perder sua nota “AAA”.

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Já a reação das outras duas agências, Moody’s e Fitch, parece mais difícil de prever.

O corte de 1,2 trilhão de dólares imposto de forma automática ante a falta de um acordo na “supercomissão”, foi visto como uma proteção eficaz contra um eventual rebaixamento da nota.

Para Nigel Gault, analista de IHS Global Insight, “as agências de classificação devem levar em conta esse corte automático em suas considerações finais”.

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A Moody’s é considerada, a princípio, a mais suscetível de rebaixar a nota. No dia 2 de agosto, o dia em que o Congresso concordou em aumentar o limite da dívida, evitando uma moratória, a agência já havia mudado a perspectiva da nota de estável para negativa.

Segundo um porta-voz da Moddy’s, no entanto, o resultado das deliberações da supercomissão “será útil para uma análise sobre a nota, mas não será algo decisivo”. “A incapacidade de se chegar a um acordo não provocaria uma mudança automática na nota do Estado Federal”, disse o porta-voz à AFP.

A Fitch, por sua vez, manteve em agosto o “triplo A” com uma perspectiva “estável”. Com o fracasso da supercomissão, é possível que a perspectiva mude para negativa, mas não é esperado um rebaixamento imediato da nota americana.

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“A Fitch prevê terminar sua avaliação da nota da dívida soberana dos Estados Unidos até o final de novembro”, disse a agência na segunda-feira.

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