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Estrelas empreendedoras: negócios de Xuxa, Galvão Bueno e outros

Em paralelo às carreiras na televisão e no palco, famosos investem em áreas como produção de vinho, depilação, moda e casa de show

Por Vinícius Pereira
Atualizado em 28 jun 2019, 15h35 - Publicado em 27 jun 2019, 16h57

A vontade de abrir um negócio próprio virou realidade para grande parte dos brasileiros, seja por necessidade ou por oportunidade. O número de empreendedores no país praticamente triplicou em dez anos, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). São cerca de 50 milhões de brasileiros envolvidos em alguma atividade empreendedora, segundo a instituição. Além dos que abandonam totalmente a carreira para começar um novo negócio, há aqueles que optam por tocar o projeto paralelamente. Essa onda atinge personalidades consideradas referência em seus campos de atuação. Ícones como Galvão Bueno, Xuxa, Tiago Abravanel e Vanessa da Mata já têm o seu plano B. Os motivos que levam à mudança vão desde inquietação a um desejo de iniciar algo do zero e com mais autonomia e maior poder de decisão. Ligando todos esses pontos: a paixão pela nova área de atuação. Confira abaixo dicas dos famosos e veja como foi o processo de escolha dos novos negócios.

 

Rainha dos baixinhos aposta em buffet infantil e depilação sustentável

DICA DE XUXA: “Acredite em você. E não tenha medo de errar. Não deixe que ninguém diga que você não vai conseguir. Idealize o que você quer.” (Blad Meneghel/Divulgação)

Marcar época como “rainha dos baixinhos” não foi suficiente para Xuxa. Em busca de novos desafios, aceitou ser sócia em duas franquias ao lado da empresa SMZTO, holding liderada pelo empresário José Carlos Semenzato. Estar ao lado de um empreendedor experiente fez com que a apresentadora acompanhasse de perto a criação das franquias das quais é sócia: a Espaçolaser e a Casa X.

“A Casa X é um sonho antigo. Quando a Sasha (filha da apresentadora) nasceu, eu ia aos aniversários e ouvia as pessoas cantando o Parabéns e já pensava: um dia vou fazer uma casa de festas com o meu DNA. Quando começamos a conversar sobre o assunto, eu já tinha tudo na cabeça, pensando no bem-estar dos pais e das crianças e, claro, com um toque mágico”, conta Maria da Graça Meneghel.

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Franquia de buffet infantil, a Casa X prevê faturar 20 milhões de reais neste ano, com alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo Xuxa, os números positivos são resultado das múltiplas opiniões que envolvem o negócio. “Sempre que tem minha imagem ou o meu nome eu participo e dou pitacos. Claro que eles entendem mais do que eu da parte administrativa, mas meus palpites são bons e minhas ideias também.”

Além da oportunidade de negócio, ter um propósito real, algo que a motivasse, ajudou Xuxa a investir no plano B com a franquia Espaçolaser, uma rede de depilação e estética. “Mais do que deixar as pessoas bonitas, a depilação a laser ajuda a economizar água, ao contrário das lâminas. Ou seja, a Espaçolaser associa cuidados de beleza e sustentabilidade, dois temas presentes na minha carreira.” A empresa espera atingir o número de 550 lojas até o fim deste ano – atualmente, são 430 unidades em operação.

 

Galvão Bueno se divide entre a produção de vinho no Brasil e na Itália

DICA DE GALVÃO: “É preciso ter uma certa paixão. E claro: dar o passo de acordo com a capacidade das suas pernas. Empreender no Brasil é muito difícil.” (//Divulgação)

A ideia de abrir um negócio e ter outras opções de investimento na carreira sempre fez parte da vida de Galvão Bueno. Consagrado como narrador esportivo, com 45 anos de uma carreira cercada por momentos marcantes na televisão brasileira, ele já investiu em diversas áreas: teve uma produtora, foi sócio de uma equipe de Stock Car e ainda cria gado da raça Angus em Porecatu, no Paraná. Mas foi pelo vinho que Galvão se apaixonou. “A bebida juntou essa coceira de empreendedor com uma grande paixão. Diria que muito de paixão e uma certa dose de irresponsabilidade, porque é um investimento grande, num país onde é difícil ser empreendedor. Mas não tenho nenhum arrependimento, me entrego de corpo e alma”, afirma ele.

A vida de narrador, sempre viajando para a cobertura de eventos esportivos internacionais, fez com que ele tivesse um contato maior com a produção de vinhos na Europa e, em 2009, conseguiu abrir a Bueno Wines. O reconhecimento como um dos mais importantes narradores do país ajudou a vinícola a iniciar sua trajetória, segundo ele. “Ser conhecido ajudou no início para dar visibilidade, mas a jornada e o sucesso da marca dependem de outros fatores.”

Hoje, dez anos após o lançamento, a companhia tem como sócios a filha Letícia, CEO da empresa, e o empresário Douglas Delamar. A vinícola Bellavista Estate está instalada no município de Candiota, no Rio Grande do Sul. A produção, de 360 mil garrafas de vinhos e espumantes por ano, é supervisionada pelo enólogo italiano Roberto Cipresso. Em 2012, Galvão expandiu seu negócio e passou a produzir a bebida também em Montalcino, na região da Toscana, na Itália, em parceria com Cipresso. Os preços dos vinhos da vinícola variam de 77 reais a 839 reais, sendo este da produção em terras italianas.

A estimativa da empresa é crescer 30% ao ano até 2022. “Estamos trabalhando em distribuição e capilaridade no Brasil e acelerando as exportações. Nosso desejo é nos consolidar como uma das principais vinícolas do país”, afirma. A companhia planeja lançar dois novos espumantes até o ano que vem. 

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Tiago Abravanel leva pijama para a rua

DICA DE TIAGO: “Se identifique com o que você vende. Ninguém melhor que o dono para mostrar o quanto aquele produto é necessário. Não pense só no lucro.” (Instagram/Reprodução)

Ator e cantor, Tiago Abravanel sempre teve o empreendedorismo como meta – seguindo os passos de seu avô, o apresentador de TV e empresário Silvio Santos. Devido a sua agenda, ele queria um negócio que não precisasse de sua presença física em tempo integral. Em sociedade com a mãe e as duas irmãs, Tiago inaugurou um e-commerce de venda de pijamas em outubro do ano passado. A inspiração para as peças veio de suas viagens pelos Estados Unidos e do hábito de vestir pijamas em qualquer ocasião.

“A T-Jama surgiu de uma mania de ir para os Estados Unidos e sempre trazer pijamas coloridos e estampados para usar no meu cotidiano, na rua, numa festa, no shopping. Eu sentia falta de ter isso aqui no Brasil e não enxergava nenhuma marca com que eu me identificasse com essa ousadia e esse espírito de liberdade, de conforto”, conta ele. Segundo Tiago, a maior dificuldade do negócio, além do exercício de conciliar a agenda de artista, é provar para os clientes que o produto fabricado no Brasil é de boa qualidade. 

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O preço das peças da grife variam de 40 reais, uma regata, a 560 reais, a mais cara, uma parka. Hoje, a empresa comercializa cerca de 200 modelos entre itens masculinos, femininos e infantis. O próximo passo do neto de Silvio Santos é abrir uma loja física da marca. A escolha do local ainda está em estudo. Graças aos looks despojados, em cerca de oito meses de funcionamento, a T-Jama já conquistou  98 mil seguidores nas redes sociais. “Apesar de eu não ser da moda, acho que, aos poucos, estamos entendendo como funciona esse mercado e de que forma pode ser trabalhado.”

 

Fiel à música, Vanessa da Mata investe em casa de shows

DICA DE VANESSA: “Estude o mercado. Curse empreendedorismo e gerência de negócios. Não adianta ter talento e não saber por quanto você vai vender o produto.” (Marcos Hermes/Divulgação)

A cantora Vanessa da Mata, intérprete de sucessos como Não Me Deixe Só e Boa Sorte / Good Luck, queria aliar um negócio à carreira musical. Ao lado de dois sócios, Paulinho Rosa e Edgard Radesca, que já atuavam no ramo, decidiu abrir a Casa Natura Musical, em maio de 2017. “Queria iniciar algo com o meu tipo de música, que desse oportunidade para pessoas que estão começando”, conta ela. Em dois anos de funcionamento, o espaço já recebeu 235 apresentações, com um público total de mais de 100 mil pessoas.

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O local, que vendeu o naming rights (direito sobre a propriedade de nome) para a empresa de cosméticos Natura, tem capacidade para receber cerca de 700 pessoas por apresentação, distribuídas em 1.500 metros quadrados, no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo. Nomes como Roberto Carlos, Alceu Valença e Elba Ramalho já fizeram shows por lá. Segundo a cantora, o objetivo era que o local fosse “bem brasileiro e ligado ao folclore”. “Queria juntar essa oportunidade e ter um negócio sustentável.”

Vanessa fez cursos de empreendedorismo para entender mais sobre a nova área de atuação. “Abrimos durante uma crise econômica, e a casa já opera no azul. A música brasileira traz respiro às pessoas, que não se importam em investir nesse tipo de lazer”, afirma.

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