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Estiagem em Brasil e Argentina preocupa operadores de mercados agrícolas

Por Por Marion Thibaut
13 jan 2012, 18h35

Os operadores de mercados agrícolas temem que a seca no Brasil e na Argentina tenha consequências devastadoras para as colheitas de milho e soja, como aconteceu em 2008-2009, apesar das chuvas dos últimos dias.

O relatório mensal sobre oferta e demanda, publicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) reportou um aumento na produção mundial de milho, apesar dos dados negativos da Argentina (menos 3 milhões de toneladas, a 26 milhões), afetada por uma temporada de seca.

No que diz respeito à soja, estimou que a produção cairá nos dois países latino-americanos.

No entanto, estão previstas colheitas muito superiores às da última grande seca em 2008-2009, embora os operadores temam que volte a se repetir o ocorrido neste período. O contexto atual é comparável: faz calor e falta água, ao que se soma o fenômeno “La Niña”.

“Até meados de novembro, os especialistas acreditavam que haveria uma colheita recorde. Hoje não veem as coisas mais do mesmo modo, o que causa um aumento de preços nos mercados mundiais”, explicou Cedric Weber, da ODA (Oferta e Demanda Agrícola), para quem “tudo vai se definir nos próximos 15 dias”.

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Na Argentina, segundo exportador mundial de milho, após um mês de dezembro em que as chuvas atingiram um mínimo histórico, os prognósticos meteorológicos antecipam que nos próximos dias as chuvas prosseguirão, mas alguns especialistas consideram que já houve perdas.

“O aumento das superfícies cultivadas, da ordem de 5%, compensará parcialmente a baixa da colheita”, afirmou Sebastien Poncelet, da Agritel, para quem os prognósticos mais alarmistas preveem que a produção argentina baixe para 20 ou 21 milhões de toneladas.

Para o Brasil, quarto exportador mundial de milho, o USDA não modificou suas previsões, mas os analistas preveem uma baixa da produção.

Se os prognósticos mais baixos se concretizarem, Poncelet calcula que poderão ser produzidos entre 10 e 15 milhões de toneladas a menos que o previsto.

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No relativo à soja, os efeitos da seca poderiam ser menores, já que se planta mais tarde e poderia receber mais chuvas, segundo um documento feito por analistas do banco Société Générale.

A Argentina é o primeiro fornecedor de óleo e farinha de soja, e o terceiro em grão de soja no mundo. O Brasil é segundo em todos estes setores.

O governo admitiu na segunda-feira que é “grave” a situação provocada pela seca na colheita de cereais e soja na Argentina, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, embora tenha descartado que seja comparável a 2008.

O Brasil enfrentou, nos primeiros dias deste ano, os extremos opostos do clima: temporais fatais, cidades inundadas e milhares de evacuados no sudeste, enquanto uma seca prolongada arruinava parte da produção da soja no sul do país.

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Enquanto o sudeste do país sofria com o excesso de chuva, o sul penava com o calor e a seca. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, principais produtores de soja, contam aos milhares os hectares de soja e trigo arruinados pelas altas temperaturas e a falta de chuvas, que já completam dois meses.

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