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Estatal chinesa e Eletrobras vencem leilão de Belo Monte por R$ 434 mi

Proposta é 38% menor que teto fixado pelo governo, que era de 701 milhões de reais. O leilão contou também com outras duas propostas, de 620 milhões e 666 milhões de reais

Por Naiara Infante Bertão
7 fev 2014, 09h48

O Consórcio IE Belo Monte, formado pela estatal chinesa State Grid e pela Eletrobras, venceu o primeiro leilão de transmissão da usina de Belo Monte, realizado nesta sexta-feira, com uma oferta de 434 milhões de reais. O critério para escolha do vencedor era o que apresentasse a menor receita anual permitida (RAP), ou seja, o ofertante que realizasse a construção e a operação pelo menor valor. Como a receita teto proposta pela Aneel era de 701 milhões de reais, o valor oferecido pelo IE Belo Monte ficou 38% menor do que esse teto (diferença conhecida como deságio).

O certame foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na manhã desta sexta-feira na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. As empresas vencedoras serão responsáveis pela construção e operação de uma linha de transmissão de 2.092 quilômetros e duas estações conversoras de energia, que escoarão energia do Pará ao centros de carga no Sudeste do país, num investimento estimado em 5 bilhões de reais.

O Consórcio vencedor é formado por uma participação de 51% da estatal chinesa e por outros 49% da Eletrobras (divididos entre 24,5% de Furnas e 24,5% pela Eletronorte). O leilão recebeu ainda outras duas propostas: uma no valor de 666 milhões de reais e deságio de 4,93%, do consórcio BMTE (com 50% de participação da Taesa e 50% da Alupar Investimentos); e outra oferta no valor de 620 milhões de reais e deságio de 11,49%, da Abengoa Construção do Brasil.

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Este é o primeiro leilão em que é empregada no Brasil a tecnologia de ultra-alta tensão em corrente contínua, que tem como principal benefício o baixo nível de perdas técnicas. A nova linha terá 800 kV de tensão, superior aos 765 kV do sistema de transmissão de Itaipu.

Leilão – Foram leiloados, em uma única rodada, dois lotes. O lote A é formado por duas subestações conversoras instaladas no Pará e em Minas Gerais. Já o lote B é composto pela linha de transmissão que passará por Pará, Goiás, Tocantins e Minas Gerais, partindo de Xingu (PA) até o município mineiro de Estreito. A Aneel previa ainda a possibilidade de ofertar os lotes separadamente, caso não houvesse interessados para levar os dois juntos.

A expectativa da agência reguladora é de que o sistema entre em operação no prazo de 46 meses a partir da assinatura dos contratos, ou seja, no início de 2018, e resulte na criação de 15.476 empregos diretos. Estima-se que serão necessárias 4.500 torres para viabilizar a operação da linha que ligará o Sudeste e a hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu.

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O linhão licitado nesta sexta é fundamental para o escoamento de energia da usina Belo Monte, a maior hidrelétrica em construção no Brasil, com capacidade para gerar até 11.233 MW no pico. A primeira máquina da unidade deverá operar a partir de 2016, porém o pleno funcionamento da usina deve ocorrer apenas em 2019, quando a última das 24 turbinas do sistema entrará em operação.

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