Economia americana cria 236 mil vagas em março e dá sinais mistos ao Fed
Ritmo é 27% menor que em fevereiro, mas a taxa de desemprego caiu; banco central americano monitora dados para próximos passos da política monetária
A economia americana continua a criar empregos, mas desta vez o resultado do payroll, um dos dados mais importantes da economia global, trouxe sinais mistos. Os dados divulgasos pelo Departamento de Estatísticas de Trabalho mostrou a criação de 236 mil empregos em março, pouco abaixo das estimativas de mercado, de 239 mil. Em relação a fevereiro, houve uma desaceleração de 27%, já que no mês anterior foram criados 326 mil postos de trabalho, segundo dados revisados. No ano, o mercado de trabalho americano abriu 1 milhão de vagas.
A desaceleração do mercado de trabalho é vista como um dos pontos fundamentais pelo Federal Reserve Bank (FED) para que haja controle de inflação. Desde março do ano passado, o banco central americano sobe juros como forma de diminuir a demanda e desacelerar os preços. Porém, o mercado de trabalho aquecido no período estimulou o consumo. Os dados, agora, de redução do ritmo de contratação pode ser um dos sinais esperados para o fim da política contracionista.
Apesar dessa redução na geração de vagas, dois números trazidos pelo payroll deixam em dúvida os próximos passos do FED. A taxa de desemprego caiu para 3,5%, de 3,6% em fevereiro enquanto o salário médio por hora aumentou 0,3% em março, depois de ganhar 0,2% em fevereiro.