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Especulação sobre Copom domina mercado e juros desabam

Por Da Redação
19 abr 2012, 16h47

Por Fabrício de Castro e Márcio Rodrigues

São Paulo – As taxas dos contratos futuros de juros recuaram de forma consistente nesta quinta-feira em meio à percepção de que o comunicado divulgado na quarta-feira pelo Copom, após a redução da Selic de 9,75% para 9,00% ao ano, sugere que o ciclo de baixa do juro ainda não terminou. A interpretação sobre alguns trechos do comunicado feita por operadores levou à redução de prêmios ao longo de toda a curva a termo, em especial nos vencimentos de curto e médio prazos. Porém, vários economistas seguem fazendo uma análise mais comedida do comunicado, mantendo a previsão de que o ciclo de baixa da Selic foi encerrado na quarta-feira, em 9% ao ano.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro de DI com vencimento em janeiro de 2013 (1.045.140 contratos) marcava 8,42%, ante 8,67% do ajuste de ontem. O DI de janeiro de 2014 (745.630 contratos) apontava taxa de 8,90%, ante 9,10%. Entre os vencimentos longos, o DI de janeiro de 2017 (110.730 contratos) estava em 10,15%, de 10,20% no ajuste, enquanto o DI de janeiro de 2021 (10.315 contratos) estava em 10,70%, de 10,71% na véspera.

Na quarta-feira, após anunciar a queda de 0,75 ponto porcentual da Selic, o BC divulgou o comunicado da reunião do Copom, no qual citou que “permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação”. Além disso, apontou que “até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária”.

Os comentários do BC geraram toda sorte de interpretações ao longo desta quinta-feira. Para muitos operadores, o texto possui um viés próximo da ideia de que o Copom, na reunião de 29 e 30 de maio, poderá reduzir em mais 0,25 ponto porcentual a Selic. Alguns bancos, como Itaú Unibanco e Bradesco, abriram a possibilidade de um corte ainda maior, de 0,50 ponto porcentual. Com isso, as taxas dos DIs caem nesta quinta-feira.

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“Algumas apostas em uma continuidade de redução da Selic para 8,75% já estavam presentes no mercado de juros. Mas o fato de o BC ter usado o termo ‘dando prosseguimento’ não passou a sensação de parada”, ponderou um operador. “Mas apenas a ata conseguirá dar uma dimensão mais precisa do que virá pela frente. Esse movimento de queda desta quinta-feira pode ser completamente revertido na próxima quinta-feira”, continuou.

Na contramão, profissionais como Darwin Dib, economista-chefe do CM Capital Markets, questionam as interpretações “baixistas” e o próprio comportamento do mercado nesta quinta-feira. “O comunicado foi indolor, insípido e inodoro, que é o que se espera do BC. O comunicado foi redigido de forma a não sinalizar nada – e isso faz todo o sentido. Qual é a lógica de o BC reduzir sua própria margem de manobra, eliminando a possibilidade de novas quedas?”, questiona.

A expectativa é de que, na divulgação da ata da reunião do Copom, na próxima semana, novas piscas sejam dadas sobre o movimento da Selic em maio. De todo modo, profissionais do mercado alertam para a postura do BC, que dependerá do cenário externo. Se houver acirramento da crise, a Selic pode, de fato, voltar a cair.

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