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Escalada do dólar leva moeda a R$ 2,87 — novo recorde em dez anos

Moeda subiu 1,33%, pressionada por insatisfações em relação à economia brasileira e preocupações com a permanência da Grécia na zona do euro

Por Da Redação
11 fev 2015, 16h33

A escalada recente do dólar parece longe de terminar. A moeda subiu mais de 1% nesta quarta-feira, aproximando-se de 2,90 reais, ainda pressionada pela aversão ao risco no exterior e preocupações com a deterioração da economia doméstica. No fim da sessão, a moeda norte-americana subiu 1,33%, a 2,87 reais, maior nível desde 19 de outubro de 2004. Na máxima da sessão, a divisa alcançou 2,88 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,9 bilhão de dólares. No mês, acumula valorização de quase 7%.

No âmbito doméstico, o descontentamento em relação à economia ainda predomina no mercado. Cresce o temor de que a meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano não seja cumprida, depois do resultado ruim do ano passado das contas públicas e em meio às dificuldades por que passa a economia neste começo de ano, com a lua de mel entre mercado e governo já terminada. A todo o momento surgem dúvidas sobre a necessidade de a equipe de Joaquim Levy ajustar a meta.

Em entrevista à Agência Estado, o economista do Santander Maurício Molan colocou em dúvida o cumprimento não só do superávit primário, como também das metas de inflação. Segundo ele, o Santander prevê uma alta de 7,3% no IPCA este ano, o que dificulta muito a convergência para o centro da meta, de 4,5%, em 2016, como tem prometido o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. “O efeito inercial é muito grande”, afirmou.

Os indicadores reforçam as dificuldades do governo. Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou dados do varejo no ano passado e os números desapontaram ao mostrar o menor crescimento em 11 anos. Os indicadores sinalizam contração da atividade, o que dificulta ainda mais o cumprimento da meta fiscal, já que, crescendo menos, o país arrecada menos. Assim, a economia terá que ser feita por meio de aumento de impostos e corte de investimentos e despesas discricionárias. “O dólar está sem defesa”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. “Aqui dentro está uma confusão e lá fora não ajuda, então o mercado puxa”.

No exterior, as atenções hoje estiveram voltadas para a reunião de ministros de Finanças do Eurogrupo, que iam debater a situação da Grécia. Os gregos querem alterar os termos do acordo de ajuda ao país, mas os credores resistem às mudanças. Apesar de não ser esperada uma resolução para esta quarta-feira, o assunto povoou os negócios no mercado financeiro.

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Bolsa – A Bovespa fechou no vermelho nesta quarta-feira pelo segundo pregão seguido, pressionado pela queda das ações dos bancos privados, enquanto Banco do Brasil descolou após resultado trimestral acima das expectativas. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa recuou 0,65% , a 48.195 pontos. O volume financeiro somava 6,9 bilhões de reais.

A transportadora ALL foi destaque ao disparar 11% com a aprovação pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da sua fusão com a Rumo Logística, controlada pela Cosan Log, notícia considerada positiva por analistas.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Reuters)

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