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Erro em anúncio do Extra evidencia poder das redes sociais

Episódio é revelador do quanto Twitter, Facebook e outros são importantes na propagação de informações e também na administração de crises

Por Benedito Sverberi
29 jun 2010, 21h11

Segundo a E.life, o assunto gerou mais de mil menções no Twitter só na manhã desta terça-feira

Um anúncio de veiculado pelos hipermercados Extra, do Grupo Pão de Açúcar, na Folha de S. Paulo causou enorme repercussão na imprensa e nas redes sociais (Orkut, Twitter e Facebook, entre outras) nesta terça-feira.

Na peça publicitária, a rede ‘se despedia’ da seleção brasileira do Mundial – isso um dia após o país ter garantido sua vaga nas quartas-de-final após vitória sobre o Chile. O anúncio dizia: “A I qembu le sizwe sai do Mundial. Não do coração da gente. Na África, no idioma Zulu, I qembu le sizwe é SELEÇÃO. Valeu, Brasil. Nos vemos em 2014.”

Não importa se o erro foi cometido pelo jornal ou pela agência de publicidade da varejista. O fato revelador é o enorme poder de propagação de informações nas redes sociais, destacadamente no Twitter. E de como as empresas precisam estar preparadas para conter crises provocadas por situações semelhantes.

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No episódio em questão, o estrago para a imagem do Extra, patrocinador oficial da seleção, pode ser medido. A consultoria E.life, especializada em inteligência de mercado e gestão de relacionamento em mídias sociais, registrou mais de mil menções ao assunto só na parte da manhã. A maioria nada elogiosa.

No meio da tarde, o presidente do Conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, veio a público pedir desculpas e, para isso, usou o seu próprio perfil no Twitter (@abilio_diniz), que conta com 27 543 seguidores.

Em quatro tweets, o empresário ainda se posicionou ao lado dos que ‘se indignaram’ com o engano. Prometeu tomar as providências legais cabíveis. Postura semelhante foi tomada pelo perfil institucional do Extra (@tudoextra) e da assessoria de imprensa do grupo (@assessoriagpa).

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O presidente da E.life, Alessandro Barbosa Lima, elogiou a rapidez com que a empresa divulgou seus esclarecimentos, na tentativa de minimizar o que chamou de efeito cascata das redes sociais – quando as pessoas passam uma informação para seus seguidores ou amigos, comentam, sem necessariamente checar se a notícia é verdadeira.

“Uma vez que a empresa se posiciona rapidamente, o que constatamos é que se diminui bastante esse efeito”, ponderou. O caso teve ainda a própria força de Abílio Diniz, que, no jargão das redes sociais, é muito influente (ou seja, possui muito seguidores, além de ser bastante lido e comentado).

O episódio evidencia, na avaliação de Lima, não só o poder do Twitter na propagação de informações – que é catalisada pela possibilidade de retuitar -, mas também sua relevância em saber administrar eventuais turbulências. Para o executivo, o Grupo Pão de Açúcar é atuante em mídias sociais e sua postura diante do erro com o anúncio do Extra deve servir de exemplo a outras grandes empresas que ainda não investiram no segmento.

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A varejista leva o assunto a sério. O próprio Abílio Diniz é um entusiasta do tema. Foi ele, inclusive, quem deu a idéia da criação de um departamento inteiro para isso, com investimento de 10 milhões de reais em 2010. “A empresa, querendo ou não, vai ser comentada. Se ela está fora do meio, sua capacidade de reação fica muito limitada”, acrescentou o especialista. O Pão de Açúcar, para seu próprio bem, teve poder de fôlego nesta história.

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