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ENTREVISTA-Com pé no freio, Brookfield voltará a crescer em 2014

Por Da Redação
26 out 2011, 13h02

Por Vivian Pereira

SÃO PAULO (Reuters) – Depois de colocar o pé no freio no início do segundo semestre, quando percebeu que não teria condições de cumprir o plano traçado em termos de lançamentos, a Brookfield Incorporações não deve registrar crescimento robusto nos próximos dois anos, voltando a acelerar apenas em 2014.

“Crescer 30 por cento dois anos seguidos é difícil, praticamente impossível. Devemos crescer entre 1,5 e 2 vezes o PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 e 2013. Será um crescimento mais vegetativo”, disse à Reuters o presidente-executivo da construtora e incorporadora, Nicholas Reade.

Com atuação concentrada em poucas cidades e os olhos voltados para a geração de caixa, a Brookfield decidiu adotar uma postura conservadora, com o objetivo de preservar a flexibilidade financeira e aproveitar as melhores oportunidades para alocar capital.

Ao divulgar os resultados do segundo trimestre, a companhia reduziu a estimativa de lançamentos para 2011 de entre 4,75 bilhões e 5,25 bilhões de reais para o intervalo de 4 bilhões a 4,2 bilhões de reais, equivalente a um aumento de 38 por centro ante o volume lançado em 2010.

Para 2012, as projeções de lançamentos passaram de 5,25 bilhões a 5,75 bilhões de reais para entre 4,25 bilhões e 4,75 bilhões de reais.

Ao lançar menos, segundo Reade, a empresa passou a priorizar a compra de projetos de parceiros –e de concorrentes– que estejam praticamente concluídos ou em andamento e, dessa forma, reconhecer a receita no momento da aquisição, além de poder recomprar ações em circulação.

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“Não vemos necessidade de reduzir (as metas) novamente… Vamos superar a marca de 4 bilhões (de reais)”, afirmou o executivo, sobre as projeções de vendas e lançamentos.

As estimativas de vendas contratadas para este ano foram mantidas em entre 3,8 bilhões e 4,2 bilhões de reais, e de 4 bilhões a 4,4 bilhões de reais para 2012.

A opção por um caminho mais cauteloso foi consequência do salto visto nos últimos dois anos, quando o setor como um todo cresceu de forma desenfreada. Hoje as construtoras e incorporadoras têm de lidar com o elevado volume de projetos lançados lá atrás.

“Optamos pela manutenção do volume de operações em vez do crescimento acelerado”, disse Reade.

Ainda assim, a Brookfield deve fechar o ano um pouco abaixo da meta de entregar 10 mil unidades, em decorrência de atrasos por questões burocráticas e de aprovação de projetos.

CONCENTRAÇÃO GEOGRÁFICA

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Com as operações concentradas em apenas oito cidades, sendo que São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro respondem por 35, 30 e 15 por cento dos negócios, respectivamente, a Brookfield não tem planos de ampliar a presença para outras regiões, como o Nordeste.

“Estamos crescendo mais que o restante do mercado nas regiões onde já operamos. Ter 80 por cento do negócio concentrado em três cidades leva a maior controle de custos”, assinalou o executivo.

Segundo ele, a maior parte dos 83 projetos em andamento atualmente está ligeiramente –cerca de 1 por cento– acima do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) em termos de custos, com alguns ficando abaixo do indicador.

“Existe a preocupação com a execução… A cadeia de suprimentos não favorece a mudança de regiões”, disse ele, acrescentando que a capacidade de comprar “bons terrenos” é outro fator que justifica a concentração em poucas regiões.

Nesse sentido, a Brookfield também descarta aquisições no curto prazo, se dizendo confortável para crescer do tamanho que está. “Nem em crescimento orgânico conseguimos fazer o que achamos que poderíamos fazer (este ano)”, ponderou Reade.

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