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Entrada de estrangeiro em maio já representa 30% do ano e impulsiona bolsa

Ibovespa subiu 3,11% enquanto o S&P 500 acumulou queda de 0,60% no mês; preocupação sobre mudanças do Fed e real desvalorizado criaram o cenário

Por Luisa Purchio Atualizado em 21 Maio 2021, 20h46 - Publicado em 21 Maio 2021, 19h47

A ata da reunião do comitê de política monetária americano, ligado ao Federal Reserve, provocou volatilidade nas bolsas americanas e, na semana, o índice S&P 500 encerrou em baixa de 0,43%. Em comparação a ele, o Ibovespa se saiu melhor e, no mesmo período, fechou em leve alta, de 0,58%, a 122.592,47. No mês, a diferença entre as duas bolsas é maior, o S&P 500 se desvalorizou 0,60% do dia 31 de abril até esta sexta-feira, 21, enquanto o Ibovespa subiu 3,11%.

A boa atividade do índice brasileiro foi sustentada pela volta dos investidores internacionais. No mês, em apenas 19 dias, entraram 8,268 bilhões de reais na B3 em capital estrangeiro, que representaram 30% de toda a entrada desses recursos no ano.

A possibilidade de antecipação da alta dos juros americanos causou volatilidade nas bolsas por lá e de certa forma interrompeu a sua euforia, o que beneficia a bolsa brasileira. “A partir de agora a gente deve enfrentar mais volatilidade. A retomada pós-Covid da bolsa americana era quase linear, daqui para frente a recuperação deve ser positiva mas muito mais volátil e isso acaba atingindo os ativos”, diz Thomás Gibertorni, analista da Portofino Multi Family Office.

O real se desvalorizou muito em relação ao dólar devido ao cenário de risco fiscal e isso é uma vantagem do real ante aos seus pares emergentes, que não se desvalorizaram tanto em relação à moeda americana. Agora algumas indicações domésticas vêm sendo positivas e, ainda que a trancos e barrancos, podem levar a uma recuperação do baque recente do real. A proposta de privatização da Eletrobras foi encaminhada ao Senado e, bem ou mal, o orçamento de 2021 foi aprovado.

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Analistas calculam que, em comparação ao dólar, o real se mantém 10% mais barato que os seus pares emergentes. “O dólar deveria estar na casa de 4,80 reais hoje e o seu diferencial frente às outras moedas emergentes deve cair, mas isso apenas acontecerá se o dólar não se valorizar muito no mercado internacional”, diz Gibertoni, da Portofino, que, a exemplo de Felipe Miranda, da Empiricus, acredita ainda haver espaço para crescimento na bolsa brasileira.

“Vários gestores estão olhando com mais carinho para a bolsa brasileira, que em real está muito barata. Desde o começo do ano ela subiu apenas 3,5% em real, enquanto as outras, mexicana, europeias, subiram mais de 10%”, diz ele. Os três últimos IBC-Brs, índice de atividade econômica divulgado mensalmente pelo Banco Central, também vieram com números bons, acima da expectativa do mercado, mostrando um aquecimento nos meses de janeiro a março que superou a expectativa dos analistas.

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