(atualiza com mais informações e declarações de ministros portugueses).
São Paulo, 14 dez (EFE).- A Embraer assinou nesta quarta-feira vários acordos com as empresas portuguesas Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA) e com a Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) para que estas desenvolvam e fabriquem os componentes do cargueiro militar KC-390.
A EEA será responsável pelo desenvolvimento do projeto de engenharia e do reabastecedor de combustível do KC-390 e a fabricação das peças ficará a cargo da OGMA, empresa cujos ativos pertencem ao Governo português, à própria Embraer e ao consórcio aeronáutico europeu EADS.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse em comunicado que este acordo servirá para ‘reforçar’ a posição da empresa no mercado europeu.
O ministro da Defesa português, Pedro Aguiar-Branco, acredita que o acordo estreitará a relação entre ambos países e torceu para que em 2016 as condições financeiras permitam a Portugal ser também comprador destas aeronaves.
Já o ministro da Economia português, Álvaro Santos Pereira, declarou que as companhias portuguesas participarão ‘desde o estado mais embrionário’ na montagem do cargueiro aéreo, ao qual oferecerão ‘equipamentos avançados’.
Com estes contratos se abre ‘uma porta de entrada ao mercado europeu e particularmente aos países que integram a Aliança Atlântica’, acrescentou Santos Pereira.
O contrato assinado hoje se inscreve em um acordo de intenções assinado entre Brasil e Portugal em setembro do ano passado para colaborar no desenvolvimento do cargueiro militar com o qual a Embraer pretende criar um concorrente para o modelo americano Hercules C-130.
O KC-390, com um peso máximo na decolagem de 81 toneladas e uma envergadura de 35,1 metros, tem um preço estimado de US$ 50 milhões, inferior aos US$ 62 milhões Hercules C-130.
Além de Portugal, o Governo também assinou acordos com Argentina, Chile, Colômbia e República Tcheca para o desenvolvimento de diferentes componentes do cargueiro.
A Força Aérea pretende adquirir inicialmente 28 unidades da aeronave, enquanto a Colômbia demonstrou interesse em comprar 12 e o Chile quer comprar outras seis.
A Embraer espera produzir o primeiro protótipo do avião em 2013 e, um ano depois, poderá realizar o voo inaugural. EFE