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Empresas de fora do setor elétrico ganham destaque em leilão fraco

Em leilão marcado por diversos lotes sem proposta, menos de 60% dos projetos oferecidos foram negociados

Por Da Redação
13 abr 2016, 15h56

O leilão de linhas de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terminou nesta quarta-feira com a concessão de menos de 60% dos projetos oferecidos, com boa parte dos lotes sendo arrematada sem deságio e as principais disputas protagonizadas por empresas de fora do setor elétrico.

Fundos de investimento e grupos de engenharia e infraestrutura, como o Pátria Investimentos e a WPR Participações, do Grupo WTorre, destacaram-se na maioria das disputas, em um leilão também marcado por vários lotes vazios (sem proposta).

Alguns dos vencedores representam uma ampla gama de empresas que tradicionalmente não entravam nesses leilões como investidoras, como grupos de engenharia e fundos de investimento, atraídos para a disputa após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter elevado as taxas de retorno dos projetos de transmissão, atendendo a pleito do Tribunal de Contas da União (TCU), que queria evitar um leilão ainda mais esvaziado.

Dos 24 lotes de empreendimentos ofertados, que demandariam cerca de 12,2 bilhões de reais em investimentos, apenas 14 foram arrematados, ou 58% do total.

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Entre os vencedores do leilão também figuraram empresas de energia, como a State Grid e a Alupar, com dois lotes arrematados cada uma, enquanto a Taesa, controlada pela Cemig e pelo fundo Coliseu, levou um projeto.

O resultado com diversos empreendimentos sem propostas já era esperado devido à recessão e à crise política, aliadas a um receio maior dos investidores quanto ao setor de transmissão, que no ano passado já havia registrado dois leilões em que mais da metade dos lotes não teve oferta.

Nesse cenário já sem grandes expectativas, a forte disputa entre empresas por alguns lotes surpreendeu, enquanto outros sete empreendimentos foram arrematados sem deságio — quando há disputa, o consumidor tende a ser beneficiado com tarifas mais baixas no futuro.

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Entre as empresas de fora do setor, destacaram-se a WPR Participações, que é voltada a infraestrutura e faz parte do Grupo WTorre, com dois lotes.

Também levaram projetos a Zopone Engenharia, a F3C Empreendimentos, o grupo Transmissão do Brasil, do Pátria Investimentos, e os consórcios Braferpower, KV-LT, MPE-KV e Geogroup cujas composições não foram divulgadas.

Lotes – O Pátria ficou com o maior empreendimento do leilão, o A, e receberá 404,9 milhões de reais por ano para construir e operar linhas em Piauí, Ceará e Maranhão.

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A State Grid arrematou o segundo maior, o C, com receita anual de 334,56 milhões de reais para projetos em Mato Grosso, e um lote menor, O, com receita de 58,2 milhões de reais.

A Alupar ganhou a disputa pelos lotes I e T, com receitas de 48,5 milhões de reais por ano e 28,1 milhões de reais por ano, respectivamente, enquanto a Taesa ficou com o lote P, com receita de 56 milhões anuais, sem deságio.

A WPR Participações levou os lotes E e M, com receitas anuais de 121,6 milhões e 59,6 milhões de reais, respectivamente, com deságios elevados, de 14% e 15%.

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O consórcio KV-LT levou o lote F, com receita de 145,2 milhões por ano, e o consórcio MPE-KV ficou com os empreendimentos do lote W, com receita anual de 8,7 milhões de reais.

A F3C Empreendimentos arrematou o lote L, com receita de 17,3 milhões de reais, enquanto o consórcio Braferpower levou o Q, com 40 milhões anuais, e o consórcio Geogroup ficou com o lote X, por receita anual de 8,5 milhões de reais.

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(Com agência Reuters)

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