Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Empresários veem inovação na indústria brasileira, mas nível ainda é baixo

Segundo pesquisa da CNI, fatia dos executivos que considera baixo o grau de inovação no país caiu de 54% em 2015 para 39% neste ano

Por André Romani Atualizado em 10 jun 2019, 09h59 - Publicado em 10 jun 2019, 07h00

A percepção dos empresários sobre o nível de inovação na indústria brasileira melhorou nos últimos quatro anos. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o porcentual dos que consideram baixo o grau de inovação no país caiu de 54% em 2015 para 39% neste ano. Já a fatia de empresários que considera alto o nível de inovação subiu de 3% para 6% no período. Apesar da melhora do desempenho, o patamar ainda é considerado aquém do esperado.

De acordo com a diretora de inovação da CNI, Gianna Sagazio, os dados mostram que os empresários do setor passaram a dar mais importância para inovação. Os executivos, segundo ela, perceberam que inovar deixou de ser um diferencial e passou a ser necessário para competir no mercado nacional e, principalmente, no global. A pesquisa foi realizada com 100 líderes empresariais, de doze estados, mais o Distrito Federal, entre abril e maio deste ano.

Apesar do crescimento, o patamar ainda é considerado baixo na comparação com outros países, segundo a diretora da CNI. Para que o desempenho seja ainda mais intenso, são necessário recursos para investir. E o problema, para esses empresários, é conseguir financiar projetos de inovação, principalmente em um cenário de retomada após a recessão em 2015 e 2016, segundo Sagazio.

A pesquisa também estabelece um cenário para o futuro. De acordo com o levantamento, 31% dos CEOs, presidentes e vice-presidentes de 100 indústrias –40 de grande porte e 60 pequenas e médias– consideram que o grau de inovação da indústria será alto ou muito alto nos próximos cinco anos, principalmente por necessidade. Quatro anos antes, essa fatia era de apenas 14%.

Continua após a publicidade

De acordo com o levantamento, 55% das empresas utilizam recursos próprios para financiar as atividades de inovação. O percentual é significativamente maior do que o aferido em 2015, quando 40% das empresas declararam usar apenas recursos próprios. Em contrapartida, diminuiu de 55% para 40% o número de empresas que combinam outras fontes de recursos, como fundos de investimento e públicos.

Para Sagazio, os dados mostram que a crise afetou o investimento do estado. A falta de financiamento está, empatado com o alto custo da inovação, como os principais fatores externos que dificultam a inovação no país, segundo 28% dos empresários. Já no Global Inovation Index, principal ranking de inovação do mundo e que mede quais são as economias mais inovadoras do planeta, o Brasil está apenas em 64º lugar entre 126 países.

“O ponto principal não é dar recursos, mas sim tratar o assunto como prioridade e pensar políticas públicas para incentivar a inovação. E tem que ser a longo prazo, porque inovação não é um investimento de um ano”, afirma a diretora da CNI. Para ela, são as pequenas e médias empresas as mais prejudicadas pela falta de incentivo do estado, por serem as que tradicionalmente menos apostam em inovação. “As grandes empresas já têm uma consciência de inovar.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.