Empresários americanos pediram ao Congresso que permitam, conforme o previsto, a expiração no fim do ano do subsídio à produção de etanol, bem como das tarifas alfandegárias ao etanol importado, o que afeta o Brasil.
“Não há necessidade deste subsídio. A indústria doméstica de etanol é próspera”, informou a Câmara de Comércio americana, em carta enviada ao longo do dia ao Congresso.
No dia 31 de dezembro vence o subsídio de US$ 0,45 por galão de etanol produzido nos Estados Unidos, assim como a tarifa alfandegária de US$ 0,54 cobrada pelo galão de etanol importado.
A Câmara pediu aos congressistas para “permitirem que esta tarifa distorciva expire”.
O Brasil, que é o segundo produtor mundial de etanol, depois dos Estados Unidos, com 29 bilhões de litros produzidos da cana de açúcar, exige a anulação da taxa.
“Estas barreiras comerciais evitam o acesso dos consumidores a opções potencialmente mais econômicas de nações amigas como o Brasil”, destacou a carta.
Segundo a Câmara de Comércio, o subsídio ao etanol custa US$ 6 bilhões anuais aos contribuintes americanos.
“A eliminação das tarifas alfandegárias ao etanol estrangeiro criaria um mercado aberto e competitivo, que daria mais alternativas aos consumidores, menos volatilidade aos preços dos combustíveis no mundo, e talvez o mais importante, economia aos motoristas americanos”, ressaltou a carta.
Anular a tarifa permitiria uma aproximação maior entre Washington e Brasília, um desejo expresso do presidente Barack Obama durante sua visita ao Brasil em março passado, destacou a Câmara de Comércio.