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Empresários brasileiros pressionam por eliminação de barreiras argentinas

Por Por Natalia Ramos
8 Maio 2012, 18h29

Empresários brasileiros defenderam nesta terça-feira a eliminação das barreiras de comércio adotadas pela Argentina, ao receber em São Paulo uma delegação de 600 industriais argentinos para uma grande reunião de negócios.

“Temos que melhorar nossa relação comercial com a Argentina comprando mais, vendendo mais e eliminando barreiras”, declarou a jornalistas Paulo Skaff, presidente da FIESP. Skaff pediu uma eliminação de barreiras “principalmente” na Argentina, “onde, como se sabe, agora há mais”.

Na reunião convocada pela Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), participaram representantes de 330 empresas argentinas, lideradas pelo secretário de Comércio Interior Guillermo Moreno, e 270 executivos de indústrias brasileiras.

Skaff se reuniu com Moreno, considerado o executor da redução de importações, controle de preços e regulação do mercado de câmbio na Argentina.

“Manifestei uma grande preocupação com as barreiras a produtos brasileiros na Argentina”, disse Skaff.

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Os empresários brasileiros poderiam comprar mais de seus homólogos argentinos, acrescentou, falando de um potencial aumento do comércio em 6 bilhões e de futuras reuniões setoriais.

“Logicamente, esperamos que na Argentina aconteça o mesmo, que deixem de comprar de outros países e comprem mais do Brasil”, enfatizou Skaff, afirmando que, além disso, há “um grupo de empresas que estão dispostas a ir a Buenos Aires para anunciar grandes investimentos” nesse país.

Esses encontros acontecem em um momento em que o comércio bilateral caiu sensivelmente por causa das novas medidas adotadas por Buenos Aires, mas também depois de 2011 em que a balança comercial foi amplamente favorável ao Brasil.

A Argentina impôs em fevereiro um mecanismo que obriga a fazer uma declaração juramentada antes de autorizar a entrada de produtos de outros países. A normativa de controle de entradas se somou a outras medidas de substituição de importações do governo de Cristina Kirchner.

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Por sua vez, o governo da presidente Dilma Rousseff manteve uma posição de prudência em relação aos novos obstáculos da Argentina, o que rendeu a ela críticas da União Europeia, que considera a reação brasileira “fraca demais”.

As exportações do Brasil para a Argentina caíram 23% em abril por causa dessas medidas. A Argentina é o terceiro sócio comercial do Brasil atrás da China e dos Estados Unidos.

Segundo estatísticas brasileiras, o intercâmbio bilateral aumentou para 39,615 bilhões de dólares em 2011, cifra recorde, com amplo superávit para o Brasil de 5,803 bilhões.

O governo brasileiro também foi criticado por algumas de suas medidas protecionistas. Segundo Skaff, Moreno “manifestou sua preocupação em relação a algumas barreiras que são colocadas aqui”.

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Recentemente, o comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, criticou o Brasil por ter aprovado “medidas bastante questionáveis” como “uma taxa discriminatória à importação de veículos, uma exigência de conteúdos locais no setor de telecomunicações e procedimentos muito complicados para a importação de têxteis”.

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