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Empresa recusa funcionária por ser mulher e caso gera indignação

A companhia não aceitou sua candidatura ao emprego, pois procurava um rapaz para exercer o cargo

Por Tatiana Babadobulos
Atualizado em 1 mar 2018, 16h55 - Publicado em 16 fev 2018, 16h37

Depois de enviar um currículo para se candidatar a uma vaga de emprego, a publicitária espanhola Carla Forcada recebeu um e-mail com resposta negativa informando que a função era destinada a homens. Indignada, a moça de 25 anos resolveu publicar a resposta da empresa no Twitter.

“Olá, Carla, agradecemos o seu currículo. Justamente neste momento, estamos em processo de seleção, mas procuramos um rapaz porque as contas em que vai trabalhar são Carglass e da Coca-Cola… e, acredite em mim, precisam de um homem para aguentar o ritmo, as visitas, saber sobre a produção etc. Mas ficamos com seu histórico profissional para o caso de termos alguma necessidade futura. Obrigado e muita sorte!”, diz o e-mail da agência Impulsa Comunicação sobre a vaga para executivo de contas.

A resposta viralizou e causou indignação. “Incrível que ainda existam empresas que não apoiem a igualdade de gênero no ambiente de trabalho”, escreveu Carla na rede social. A mensagem tem mais de 2.800 retuítes e 2.400 curtidas.

Ao jornal espanhol La Vanguardia, ela disse que se sentiu insultada. “Sou executiva de contas e posso fazer o trabalho igual a um homem. Não tenho nenhum problema, minha equipe toda é de mulheres e conduzimos a agência [onde trabalha atualmente] perfeitamente. Me senti insultada.”

Ainda de acordo com a reportagem do jornal, Carla recebeu um segundo e-mail, que dizia que ela poderia ser contratada. “Falamos internamente (além do mais, acho que há uma pessoa que te conhece aqui conosco) e acredito que você poderia se encaixar em outros projetos. Na semana que vem, te ligamos, você aparece na agência e te explicamos?”, diz o texto da imagem publicada no Instagram.

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Ao receber essa mensagem, ela não respondeu e disse ao jornal que a empresa “nem sequer se desculpou”.

A agência de comunicação está com o seu site fora do ar, mas o jornal catalão ABC falou com Pere Terés, diretor da Impulsa. “Lamentamos o mal-entendido. Falei pessoalmente com essa pessoa [autora do e-mail]. Foi resultado de uma atitude precipitada, porque fico muito incomodado em não responder às pessoas que enviam currículo. Nós a convidamos a vir aqui, somos uma empresa transparente, com paridade, mas em nenhum momento se aceita, em nenhuma circunstância, que haja nenhum tipo de discriminação”, disse.

Empresas envolvidas

As empresas citadas também se manifestaram na rede social. “A Companhia Coca-Cola não trabalha com a Impulsa Comunicación e rejeita esse tipo de respostas discriminatórias. Contamos com uma política de contratação inclusiva, diversa e igualitária. Lamentamos ver nosso nome relacionado a essa resposta discriminatória e infeliz”, diz a mensagem da empresa na Espanha.

Também respondeu a Coca-Cola Iberia. “Estamos recolhendo informação sobre esse assunto e, com base nisso, nosso compromisso é tomar as medidas necessárias de acordo com nossa política de diversidade e inclusão.”

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A outra empresa citada, Carglass, especializada em parabrisas de automóveis, pediu desculpas. “Pedimos desculpas, pessoalmente a você e a todas as pessoas que se sentiram ofendidas com essa mensagem, nós também estamos. Já expressamos a nossa posição à Impulsa Comunicação. Nossa empresa promove a igualdade de gênero, e atos assim não nos representam”, escreveu, também no Twitter.

Carla agradeceu no Twitter ao apoio recebido após a discriminação de gênero.

 

 

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