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Emergentes custam mais ao HSBC, mas compensam Europa

Por Da Redação
27 fev 2012, 16h08

Por Steve Slater e Sarah White

LONDRES, 27 Fev (Reuters) – O aumento de 1 bilhão de dólares na folha de pagamentos no Brasil, na China e em outros mercados emergentes foi o preço que o HSBC pagou para escapar da estagnação que atingiu alguns concorrentes que dependem mais da Europa.

Ao anunciar nesta segunda-feira um lucro antes de impostos de 22 bilhões de dólares, o maior de um banco ocidental em 2011, o banco se mostrou confiante de que o crescimento na Ásia, América Latina e Oriente Médio continuará a compensar as condições instáveis na Europa.

No entanto, com o aumento de 10 por cento nos custos em 2011, que se deve em parte aos aumentos salariais nos mercados emergentes, será um desafio atingir a meta do banco para 2013 de reduzir os custos, afirmou o presidente-executivo da instituição, Stuart Gulliver.

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O HSBC, que é o maior banco da Europa e garante mais de 75 por cento do lucro dele fora da Europa e América do Norte, ficou relativamente imune à crise na zona do euro por causa da força que tem nos mercados emergentes.

O banco acredita que essa tendência continuará, apesar de temer que as economias emergentes estejam superaquecidas e tenham uma parada abrupta.

“Continuamos confortáveis com (a previsão nos) mercados emergentes e estamos confiantes de que o crescimento do PIB nos países emergentes será positivo e que a China terá um pouso suave”, declarou Gulliver.

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Em contraste, a economia da zona do euro ficará estagnada neste ano, com “grandes recessões” em alguns países do sul, acrescentou.

O HSBC, com 89 milhões de clientes em 85 países, viu o lucro antes de impostos em 2011 crescer 15 por cento, para 21,9 bilhões de dólares, ante a previsão de 22,2 bilhões de dólares em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O resultado veio abaixo do lucro recorde do grupo de 24,2 bilhões de dólares em 2007, mas superou o de todos os outros bancos ocidentais que já publicaram o resultado referente ao ano passado, entre eles o norte-americano JPMorgan, que lucrou 19 bilhões de dólares.

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SALÁRIOS E BÔNUS

O HSBC pagou 4,2 bilhões de dólares em bônus, 2 por cento a menos do que em 2010. Bancos estão sob pressão cada vez maior de políticos e opinião pública para diminuir as gratificações por causa do peso do setor financeiro nos problemas econômicos globais.

Gulliver recebeu 8 milhões de libras (12,7 milhões de dólares) no ano passado, entre eles 2,2 milhões de bônus, contra os 8,4 milhões em 2010, quando estava à frente da unidade de banco de investimento.

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Outro alto funcionário, que o HSBC se negou a identificar, recebeu 7 milhões de libras líquidos, enquanto 192 empregados receberam mais de 1 milhão de libras cada, 64 deles no Reino Unido.

A relação custo-lucro piorou para 61 por cento, ante 55,6 por cento um ano antes -quanto menor o percentual, melhor.

Gulliver disse que o HSBC compensará a pressão redobrando os esforços de cortes de custos e se mostrou confiante de que alcançará o teto da meta anual de redução de despesas, de 2,5 bilhões a 3,5 bilhões de dólares.

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No ano passado, o HSBC cortou 11 mil postos de trabalho e vendeu 19 negócios.

“É um redesenho do grupo, não um encolhimento. É para nos deixar na linha de frente”, afirmou o presidente do banco.

O HSBC viu o lucro no banco de investimento cair 24 por cento, para 7 bilhões de dólares, porque a crise de dívida na zona do euro esfriou a atividade nos mercados de capitais no segundo semestre do ano passado.

O banco comercial foi a divisão que se destacou, com lucro 31 por cento maior, de 7,9 bilhões de dólares. No ano passado, o crescimento se deu principalmente aos maiores negócios no Brasil, Hong Kong, China, México, Argentina e Cingapura.

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