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Emergentes concentram risco ao crescimento global, diz S&P

Segundo a agência, a América Latina é mais vulnerável aos impactos da retirada de estímulos do Fed e da desaceleração da economia chinesa

Por Da Redação
26 mar 2014, 17h22

A recuperação global continua nos trilhos, liderada pela performance dos Estados Unidos, e não será prejudicada pela normalização da política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e pela maior volatilidade do mercado, disse nesta quarta-feira a agência de classificação de risco Standard & Poor’s, em relatório sobre as condições globais de crédito. Segundo a S&P, porém, esses riscos continuarão a afetar os mercados emergentes.

“Os riscos mais perigosos – aqueles relacionados à política fiscal dos EUA e à zona do euro – diminuem”, afirmou a agência. “Mesmo assim, eles não desapareceram por completo. Em vez disso, passaram a se concentrar mais nos mercados emergentes”. Segundo a S&P, os principais riscos globais envolvem acontecimentos geopolíticos que podem resultar em turbulências financeiras e choques econômicos, como a escalada da crise na Ucrânia. O relatório também cita a normalização da política monetária do Fed, que afeta “particularmente os mercados emergentes”.

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Para a agência, a América Latina está bem mais resistente hoje do que há dez anos e as condições de crédito na região são favoráveis, mesmo com os riscos relacionados ao Fed. “Apesar de a normalização da política do Fed ser um risco global moderado, seus efeitos na América Latina serão fortes. No entanto, um risco ainda maior para a região é a perspectiva para a China em meio aos ajustes na economia do país e o potencial impacto nos preços das commodities”, disse a S&P. Como resultado, a agência cortou sua previsão de crescimento para a região para 2,5% em 2014 – o mesmo ritmo de 2013.

O relatório se mostrou mais otimista em relação aos EUA, devido ao fato de o país ter deixado para trás os choques fiscais que pesaram sobre o crescimento em 2013. A previsão da S&P é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça cerca de 3% este ano, mais que a projeção de 2,6% apresentada no relatório anterior, divulgado em dezembro. Já na Europa, segundo a agência de classificação de risco, as condições do crédito estão se estabilizando, mas o crescimento continua “anêmico e frágil”. A S&P prevê que a zona do euro cresça 1% este ano, pouco mais que a projeção anterior, de 0,9%. A agência destaca o fato de que essa previsão é bem menor do que a de outros mercados desenvolvidos e também as de países emergentes.

Sobre a Ásia, o relatório afirma que as condições de crédito e de crescimento do PIB continuam inalteradas em relação a dezembro. “Acreditamos que a China, que representa pouco menos da metade do PIB da região, continuará a apresentar uma moderação gradual no crescimento, em linha com o desejo das autoridades de reequilibrar a economia e controlar os excessos financeiros”, disse a S&P.

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Empresas brasileiras – A diretora da S&P Capital IQ, Julyana Yokota, disse, nesta quarta-feira, que muitas companhias brasileiras se encontram bem posicionadas e fizeram o dever de casa, fortalecendo suas operações, e que isso contribui para a manutenção do grau de investimento do Brasil.

Segundo Julyana, as emissões brasileiras para projetos de infraestrutura no exterior têm apresentado um descompasso em relação à moeda. “O prazo maior dificulta o funding para os projetos de infra, baseado em reais. Por isso, parte do funding é patrocinado pelo BNDES. O mercado de capitais deveria ter um papel importante. A infraestrutura é um problema hoje para o desenvolvimento brasileiro”, observou ela, que participou do painel “Estratégias de Funding entre Fronteiras” no Fórum de Emissores e Investidores da LatinFinance.

(com Estadão Conteúdo)

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