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Embraer: ações caem após anúncio de joint venture com Boeing

Com os papéis da fabricante brasileira entre os destaques negativos, o Ibovespa caía 0,96% por cento no início da tarde

Por Da Redação
Atualizado em 5 jul 2018, 15h49 - Publicado em 5 jul 2018, 12h54

As ações da Embraer registravam perdas de 14,25% às 12h30 no pregão desta quinta-feira (5), depois de a empresa anunciar que fechou acordo de joint venture– empreendimento conjunto — com a Boeing para formar uma nova empresa de aviação comercial. Os papéis vinham mantendo trajetória ascendente desde o início do mês. A valorização acumulada desde o início do ano, que era de 35% até a véspera, caiu para 16,1% após o anúncio.

O valor atribuído ao novo negócio de aviação comercial é de 4,75 bilhões de dólares (18,62 bilhões de reais).

O acordo foi visto com bons olhos por analistas e investidores, pois essa junção permitiria que a Embraer, uma empresa de médio porte, expandisse sua atuação ao lado de uma gigante como a Boeing. Segundo George Sales, professor de Finanças do Ibmec de São Paulo, o que poderia explicar a queda das ações apesar do cenário positivo é a realização de lucros.

“Tem mais pessoas vendendo do que comprando”, diz. “As ações da Embraer sempre foram razoavelmente estáveis, mas desde o final do ano passado havia um boato de que esse acordo poderia acontecer, o que levou a uma valorização muito grande. Então, as pessoas correram para comprar e, agora que o acordo se confirmou e não há nenhuma novidade, estão vendendo para garantir o lucro.”

Sales afirma que os investidores desse setor costumam ter um perfil mais especulativo, o que gera mais volatilidade no mercado. “Mas ainda há espaço para essa ação crescer a médio e longo prazo”, afirma o especialista.

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O Ibovespa perdia o fôlego e recuava nesta manhã, com a queda das ações da Embraer entre as maiores pressões negativas. Às 11:34, o índice caía 0,57% por cento, a 74.320,16 pontos. Na máxima, mais cedo, subiu 0,5%. O volume financeiro somava 2,5 bilhões de reais.

“A bolsa vem de cinco pregões em alta, sem muitas novidades no cenário, assim, há espaço para alguma realização de lucros”, disse o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Corretora. Nos cinco pregões anteriores, o Ibovespa acumulou elevação de 5,85%.

No exterior, Wall Street retornava do feriado com os principais índices acionários em alta, em meio a sinais de que Washington pode alterar os planos de tarifas sobre carros europeus, compensando novos sinais de tensão com a China. O S&P 500 subia 0,33%.

Da cena doméstica, profissionais da área de renda variável citaram poucas novidades, com o noticiário político ainda muito confuso.

Pregão

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (4) o texto-base do projeto de lei que destrava a venda das distribuidoras da Eletrobrás. Mesmo após o fechamento de ontem com valorização de dois dígitos, as ações da elétrica chegaram a abrir com sinal positivo. Pouco depois, entretanto, viraram para o negativo.

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O mesmo movimento aconteceu com os papéis da Petrobras. A estatal, no entanto, é penalizada pela desvalorização do petróleo nos mercados futuros de Londres e de Nova York.

No mercado de câmbio, o dólar passou a exibir leve alta. Segundo o operador da corretora Fair Hideaki Iha, a virada reflete fluxo financeiro negativo neste momento. “Está tendo uma saída forte de investidor estrangeiro do País”, afirma Jefferson Rugik, diretor da Correparti.

Pesa ainda, tanto no dólar quanto na Bolsa, a agenda forte de amanhã com dados de emprego nos Estados Unidos e inflação no Brasil.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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