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Em um mês de governo Bolsonaro, Bolsa sobe mais de 10%

Liderança de Paulo Guedes na economia e promessa de reforma da Previdência animaram o mercado em janeiro; bolsa quebrou o recorde 12 vezes no mês

Por Larissa Quintino Atualizado em 31 jan 2019, 16h28 - Publicado em 31 jan 2019, 15h30

O primeiro mês do governo Jair Bolsonaro foi marcado pelo otimismo do mercado com promessas de reformas, como a da Previdência, e a política econômica liberal liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Até o dia 30 de janeiro, o índice Ibovespa acumulou alta de 10,36%, porém, a alta pode ser ainda maior.

Nesta quarta-feira, 31, o índice operava positivo em 1,38% e passando dos 98 mil pontos, mais uma marca histórica.

Desde que Bolsonaro assumiu o governo, o Ibovespa renovou seu recorde em 12 pregões dos 22 que aconteceram ate quarta-feira.  Segundo Pablo Spyer, da corretora Mirae, a formação de um primeiro escalão mais técnico foi essencial para animar o mercado nos primeiros dias do governo Bolsonaro. “O ministro Paulo Guedes tem uma interlocução muito boa com o mercado e as falas dele são sempre muito bem recebidas”, afirmou. 

Além da bolsa em alta, o dólar está em queda. Até dia 30, a queda foi de 4,12%. Nesta quinta, a moeda norte-americana opera em queda de 2,14%, cotado a 3,645 reais às 15h29. 

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Spyer explica que a sinalização de privatização de várias estatais também animou o mercado neste começo de ano.

De acordo com um levantamento feito pela Economatica, é da Eletrobras o papel que mais se valorizou, com alta de 53,94% nos primeiros 30 dias do ano.

Na lista das 10 ações que mais subiram no ano estão a Sabesp (36,54%), que também teve a privatização sinalizada pelo governo de São Paulo e a Taurus (33,33%), afetada diretamente pelo decreto que flexibilizou a posse de armas.

Segundo Ari Santos, gerente da H.Commcor o mercado olha agora a eleição nas mesas de Câmara e Senado para conseguir mensurar a velocidade que as medidas da equipe econômica podem ser tomadas. “Há várias coisas no radar, como aumento de infraestrutura, diminuição de impostos para empresas. São várias coisas na cabeça dos investidores, mas para isso é necessário que se vote a reforma da Previdência”. 

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Sob controle

O economista-cheve da MB Associados, Sérgio Vale, avalia que o governo Bolsonaro conseguiu rapidamente encontrar um ponto de equilíbrio na política econômica, com Paulo Guedes conduzindo as decisões e deixando a parte política para os militares e Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil.

Segundo ele, esse controle se deve aos tropeços na largada, quando o presidente Bolsonaro disse em entrevista que seria preciso aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar a prorrogação de benefícios fiscais para a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e à Superintendência Regional de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). “Temos um Bolsonaro muito lacônico, falando o menos possível, como no discurso no Fórum Econômico Mundial. Esse ajuste foi feito e ajuda muito no otimismo do mercado porque parece não haver mais desencontros”. 

Segundo o analista, apesar de um primeiro mês movimentado, pouca coisa concreta aconteceu. “Ao mesmo tempo que foi um primeiro mês muito agitado, como há muito tempo não se via para um novo presidente, não houve muita coisa de concreto”.

Vale também avalia que é necessário esperar a nova composição do Congresso para ver o rumo das medidas econômicas do governo.

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