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Em ‘superquarta’, Estados Unidos e Brasil decidem hoje sobre taxa de juros

Mercado espera por corte em ambos os países; no cenário interno, seria a renovação da mínima histórica

Por André Romani Atualizado em 31 jul 2019, 15h17 - Publicado em 31 jul 2019, 11h54

Os comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos decidem nesta quarta-feira, 31, apelidada de “superquarta” pelo mercado, se mantêm ou não a taxa de juros em seus respectivos países. A expectativa dos investidores é de corte em ambos os casos. Para o Brasil, uma redução significaria a renovação da mínima histórica da Selic, hoje em 6,5%. Já para os americanos, seria o primeiro corte desde a crise financeira de 2008.

A decisão nos Estados Unidos é do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) e sai às 15 horas, horário de Brasília. Já o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulga seu resultado às 18 horas. Nos dois países, serão divulgados comunicados explicando as definições logo após os anúncios serem feitos.

No Brasil, a taxa básica de juros, Selic, está em 6,5% — menor da história. A taxa atingiu esse nível após sucessivos cortes visando a estimular a economia, em meio à recessão econômica que atingiu o país em 2015 e 2016. Em agosto de 2016, por exemplo, a Selic estava em 14,25%. Menos de dois anos depois, em março de 2018, o porcentual chegou aos atuais 6,5%.

Após mais de um ano do último corte, o mercado espera uma nova redução na taxa nesta quarta. A expectativa é de que a Selic caia 0,5 ponto porcentual. Com isso, espera-se que ocorra um estímulo à economia, que não decolou em 2017 e 2018 — teve crescimento médio de 1,05%   e que no primeiro trimestre de 2019 teve a primeira queda no produto interno bruto (PIB) em mais de dois anos, de 0,2%.

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Decisão nos EUA

Nos Estados Unidos, a expectativa também é de corte, mas existem menos certezas. A maior parte do mercado acredita em uma redução de 0,25 p.p., mas as possibilidades de manutenção da taxa ou de uma diminuição ainda mais brusca também estão na mesa.

As dúvidas se explicam pela situação econômica dos Estados Unidos. A inflação está controlada e a taxa de desemprego é de 3,8% — atingiu seu menor patamar em cinquenta anos no mês de abril (3,6%). Do outro lado, o PIB apresenta sinais de desaleceção. As primeiras estimativas para o segundo trimestre são de crescimento de 2,1%, desempenho abaixo do registrado entre janeiro e março quando houve alta de 3,1%. Além disso, existem os impactos gerados pelas tensões comerciais entre o país e a China. As duas nações seguem negociando uma trégua, após a imposição de tarifas por ambas as partes.

Também pesa para a redução a pressão do presidente Donald Trump. Há dois dias, ele publicou no Twitter que “um corte pequeno não seria o suficiente”. Para o presidente americano, o Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) subiu os juros muito rápido e de maneira muito significativa, o que prejudicou a economia americana. Segundo ele, isso fez com que o país deixasse de aproveitar ao máximo seu potencial de crescimento.

O corte gera expectativas também no Brasil. Parte do mercado projeta que a redução nos juros lá tende a melhorar a liquidez e atrair capital para os mercados emergentes. Esse otimismo, no entanto, não é geral. Analistas observam que, na prática, o Brasil ainda não tem uma perspectiva sólida de crescimento da economia e, por isso, não possui tamanho potencial de atração.

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