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Em reunião de banqueiros, fraude motiva debate acalorado

Presidente do UBS Sergio Ermotti, exaltou-se ao ser questionado sobre falta de punição a banqueiros por irregularidades cometidas

Por Ana Clara Costa, de St Gallen
3 Maio 2013, 08h56

O presidente do banco suíço UBS, Sergio Ermotti, quase perdeu a linha nesta sexta-feira ao ser questionado sobre a falta de punição a banqueiros em crimes financeiros, como o da manipulação da taxa Libor – escândalo que atingiu, sobretudo, o UBS ao longo de 2012. O questionamento foi levantado durante um debate entre os principais banqueiros europeus no St Gallen Symposium, um evento anual que ocorre na Universidade de St Gallen, na Suíça, e que coloca as principais autoridades econômicas no centro de debates com universitários de todo o mundo.

Enquanto os demais banqueiros presentes ao evento, como Urs Rohner e Douglas Flint, presidentes dos conselhos de administração dos bancos Credit Suisse e HSBC, respectivamente, e Martin Senn, presidente mundial da seguradora Zurich, admitiram a vulnerabilidade das instituições em relação a atividades fraudulentas, Ermotti partiu para o ataque. “Bancos cometem erros e pagam multas por isso. E nos desculpamos. Mas é inaceitável que, a cada vez que tentarmos contribuir para o debate sobre o sistema financeiro, sejamos massacrados e chamados de arrogantes”, disse o banqueiro suíço.

Ermotti argumentou que usar casos como a manipulação da Libor como exemplo de falta de moralidade generalizada dos bancos é injusto: “Não podemos deixar que o uso desses exemplos ganhe relevância. Há outros setores que também estão sujeitos a complicações, como o do tabaco. Devemos focar nos erros que cometemos, consertá-los e seguir em frente”, disse. A resposta de Ermotti foi direcionada a um dos estudantes que questionou os princípios de moralidade dos bancos representados no evento, levando em consideração o escândalo do UBS com a taxa Libor e o do HSBC com lavagem de dinheiro.

O presidente do conselho do Credit Suisse tentou colocar panos quentes, afirmando que, a cada erro cometido, novos procedimentos de segurança são implantados. “Como somos muito grandes, os erros cometidos ganham proporção gigantesca. E nosso papel é tentar fazer mais para evitar que novos erros aconteçam”, disse Urs Rohner. Segundo o banqueiro, quinze anos atrás era até possível que erros de funcionários fossem relevados. “Hoje, não há a menor possibilidade de que alguém que viole as regras não sofra as mais severas consequências”, afirmou.

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