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Em quatro meses, país criou quase 1 milhão de vagas com carteira assinada

Em abril, saldo de contratações apresenta desaceleração em relação aos meses anteriores mas mostra resiliência do mercado formal, turbinado pelo BEm

Por Larissa Quintino, Victor Irajá Atualizado em 28 Maio 2021, 13h51 - Publicado em 26 Maio 2021, 13h07

O mercado formal segue criando vagas. Apesar da desaceleração em abril, no ano foram 957.889 novas vagas, na relação entre demissões e contratações. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Ministério da Economia. Em abril, foram registradas 120.935 mil vagas com carteira assinada. No mês anterior, o governo contou 177.352.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, momento de maior incerteza em relação à pandemia, os dados são discrepantes e indicam a recuperação do setor formal. Em abril de 2020, foram fechadas 963.703 mil vagas. No acumulado entre janeiro e abril do ano passado, houve extinção de 763.232 postos.

Em abril, todos os grandes setores criaram vagas, incluindo o de serviços, que gerou 57.160 das novas vagas, ou seja, quase metade do total.  Entretanto, o setor de alojamento e alimentação, ligado principalmente ao turismo e atendimento em bares e restaurantes perdeu 22 mil vagas com carteira assinada.

Na avaliação do Ministério da Economia, os bons resultados do mercado formal estão tanto relacionados aos sinais de retomada da economia, que fez com que bancos e entidades financeiras revissem a previsão ao PIB para o ano, quanto do conjunto de medidas para evitar demissões, com destaque ao Benefício Emergencial, o BEm. Só em abril, 2,9 milhões de trabalhadores ainda contavam com a estabilidade provisória do programa, consequência dos benefícios concedidos no ano passado.

O programa foi reeditado em 28 de abril desse mês e apresenta boa demanda. Entre o dia de início e a última terça-feira, 25, foram pactuados 1.922.470 acordos entre empregados e empregadores.  Os empregos no setor de serviços, mais afetados pela pandemia de Covid-19, foram responsáveis por mais de 1 milhão desses acordos. Ao todo, o Ministério da Economia estima 5 milhões de acordos na nova rodada do programa, que se estende até julho, permitindo a suspensão de contratos ou a redução de salário e jornada de trabalho.

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Novos postos

Apesar do período de março e abril ter sido marcado pelo aumento de casos de coronavírus, os dados do Caged demostram resiliência do setor formal. Cabe ressaltar que o Caged capta apenas o comportamento do mercado formal, ou seja, números de carteiras assinadas que são informadas pelos empregados ao Ministério da Economia, e não os dados de desemprego do país, compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país encerrou fevereiro com 14,4 milhões de desempregados, a uma taxa de 14,4%.

O descompasso entre a taxa de desocupação e a criação de vagas formais está diretamente ligada à recuperação da economia e é visto desde meados do ano passado. Com atividades voltando a funcionar e os indicativos de melhora, mais gente passou a procurar emprego. A taxa de desocupação do IBGE considera desempregados somente aqueles que ativamente procuram por uma vaga. A melhora do mercado formal é importante, mas é difícil que haja absorção de toda a força de trabalho, que também passa por trabalhadores informais.

 

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