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Em peregrinação na Fiesp, Levy ouve críticas sobre aumento de impostos

Em almoço com representantes do setor produtivo, ministro da Fazenda defendeu a importância do diálogo e reforçou necessidade de reformas

Por Luís Lima Atualizado em 30 jul 2020, 21h38 - Publicado em 16 mar 2015, 16h40

Após participar de reunião na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta segunda-feira, ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continuou sua peregrinação na capital paulista em defesa do ajuste fiscal. Durante a tarde, Levy participou de um almoço com cerca de 25 representantes do setor produtivo na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na saída do evento, o ministro comentou que a reunião havia sido “muito boa” e reforçou a importância do diálogo e da transparência, bandeiras sistematicamente defendidas pela atual equipe econômica. “O ajuste fiscal é quase uma unanimidade entre as classes produtoras”, declarou a jornalistas.

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O “quase” proferido pelo ministro foi explicado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que disse que a divergência que ainda há no setor produtivo é sobre a forma de conduzir o ajuste – e não as reformas em si. “Na nossa visão, é possível fazer o ajuste fiscal reduzindo despesas. E esse é o ponto que nós divergimos. Nós queremos que seja feito um ajuste fiscal no sentido de reduzir despesas do governo e não de aumento de receitas”, disse. Segundo ele, como não há crescimento na atual conjuntura, aumentar receitas implicaria em elevar impostos, o que a sociedade rejeita.

Skaf ainda disse que colocou a necessidade do diálogo com o governo e comentou mudanças no PIS/Cofins. “Nós não queremos ver [a mudança] depois de ela ter sido apresentada. Nós precisamos ver essa medida antes”, afirmou. Segundo ele, uma alternativa é uma simplificação, no sentido de unir os dois impostos. Outra é elevar a carga, o que não seria ideal.

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Sobre a MP 669, que eleva tributos sobre a folha de pagamentos, Skaf disse que é preciso dar uma solução rápida para a questão. A medida foi recentemente devolvida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, mas está em vigor. “Se isso não for definido até o mês de maio, as empresas não saberão nem o caminho que tomar”, afirmou. “Estamos saturados de pagar impostos, a carga tributária já é muito alta”, afirmou, acrescentando que a indústria representa 13% do PIB e paga 33% dos impostos recolhidos.

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Questionado sobre se as manifestações populares estiveram na pauta do encontro, Skaf negou e disse que apenas questões mais “técnicas” foram discutidas. “Levy, que é uma boa pessoa, é um técnico, então não discutimos questões políticas com ele”, disse Skaf.

Na relação conturbada com o Congresso, Skaf disse que é importante o governo acenar no sentido de ter autoridade para pedir “o sacrifício dos outros”. “É muito fácil pedir o seu sacrifício se eu não fizer o meu primeiro”, disse.

Participaram do encontro representantes do setor produtivo como os empresários Abílio Diniz, o economista Delfim Neto, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa), o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, o presidente da Anfavea, Luiz Moan e o secretário-executivo adjunto da Fazenda, Paulo Caffarelli.

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