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Em meio a investigações, ministro de Finanças do Chipre renuncia

Segundo o próprio Michalis Sarris, que também já participou da diretoria do Banco Popular, um dos pivôs da crise financeira da ilha, sua saída facilita as investigações sobre os responsáveis pela situação do país

Por Da Redação
2 abr 2013, 11h38

O ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, apresentou nesta terça-feira sua renúncia. Segundo ele, a decisão foi tomada para não atrapalhar os trabalhos da comissão que deverá apurar as responsabilidades em relação à crise financeira no país, informou a Presidência. “Hoje a comissão que averiguará as causas da quebra do sistema bancário cipriota começou a trabalhar e a investigação se estende até o período no qual fui presidente da junta administrativa do Banco Popular”, explicou.

Logo após assumir o cargo de ministro, após a formação do novo governo, há pouco mais de um mês, Sarris enfrentou as negociações com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e a reforma radical do hipertrofiado sistema financeiro cipriota, que levou à liquidação do Banco Popular e a uma ampla reestruturação do Banco do Chipre.

Leia também: Rússia não ajudará depositantes no Chipre, diz ministro

Sarris será substituído no cargo por Jaris Yeoryiadis, até agora ministro do Trabalho, que será substituído por por Zeta Emilianidu, funcionária do Ministério de Comércio. O presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, anunciou que aceitava a demissão pois as negociações com a troika (grupo de credores internacionais) já foram concluídas sobre o pacote de reformas que o país deve cumprir em troca do resgate de 10 bilhões de euros.

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“As negociações terminaram hoje (terça-feira) com grande sucesso em relação aos objetivos que tínhamos colocado”, disse Anastasiadis. Sarris foi ministro das Finanças de 2005 até 2008 e de janeiro até agosto de 2012 foi presidente da junta diretora do Banco Popular.

Durante as duas semanas que os depósitos bancários ficaram praticamente congelados e as agências bancárias fechadas, tanto Sarris quanto o presidente do Banco Central do país, Panikos Dimiatriadis, foram alvos de críticas. O presidente do Chipre, Anastasiades, é suspeito de ter avisado familiares sobre o congelamento das contas e aconselhado estes a retirarem dinheiro dos bancos antes de um acordo com a União Europeia.

Leia ainda: Chipre não vai deixar a zona do euro, diz presidente do país

Investigação – A comissão de investigação encarregada de avaliar as responsabilidades políticas e econômicas que levaram à crise bancária no Chipre toma posse nesta terça-feira e pode já começar seus trabalhos no mesmo dia ou, no mais tardar, na quarta-feira, conforme anunciou no sábado o ministro da Justiça cipriota, Ionas Nicolaou.

Entre os assuntos que deverão ser investigados por esta comissão estão a suposta saída maciça de capital nos dias prévios à primeira reunião do governo cipriota com o eurogrupo, em 16 de março, na qual foi estabelecido um plano de resgate de 10 bilhões de euros em troca de uma taxação de todos os depósitos bancários.

Contudo, segundo o procurador-geral Petros Clerides, a prioridade será averiguar o escândalo revelado pela imprensa cipriota e grega de que os três principais bancos do país perdoaram empréstimos de políticos, empresários e sindicalistas. Vários jornais do Chipre e da Grécia trouxeram notícias de que há uma lista de pessoas das quais o Laiki Bank, o Bank of Cyprus (Banco do Chipre, maior do país) e o Banco Heleno teriam perdoado todos ou parte dos créditos, às vezes milionários, entre 2006 e 2012. Neste escândalo estariam envolvidos políticos de todos os partidos cipriotas, com exceção do social-democrata Edek e do Ecologista.

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(com agência EFE)

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