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Em encontro com empresários, Levy defende afinidade com Dilma

Ministro da Fazenda justificou-se, afirmando que trecho destacado poderia ser o de que 'a presidente tem o genuíno interesse de endireitar as coisas'

Por Naiara Infante Bertão
30 mar 2015, 15h34

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff “tem genuíno interesse em endireitar” o Brasil. A declaração foi dada durante almoço promovido pelo Lide, grupo de empresários criado por João Doria Jr, em São Paulo, em que o ministro da Fazenda foi questionado sobre suas críticas à presidente. Levy tentou consertar a declaração que havia dado durante palestra a estudantes, na semana passada, afirmando que Dilma “nem sempre age de forma eficaz”.

“Você podia ter pegado um pedaço da frase e ter sublinhado a parte relevante, que a presidente tem genuíno interesse em endireitar as coisas”, disse Levy durante palestra com empresários nesta segunda, ao ser questionado pela plateia sobre a comunicação do governo. “Dilma tem genuíno interesse em endireitar tudo que está no Brasil”, afirmou Levy, reforçando teor de nota pessoal à imprensa na noite de sábado, de que sua fala a estudantes foi mal interpretada. Levy aproveitou para reforçar que há afinidade e confiança mútua entre ele e Dilma. “Vamos continuar trabalhando para concluir os ajustes (na economia)”, assegurou o ministro a jornalistas.

Para o ministro, “pegaram parte irrelevante da sentença” que ele proferiu. “As pessoas podem pegar trecho irrelevante da minha fala para criar um banzé”.

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma corroborou a mea culpa de Levy e disse que o ministro foi mal interpretado ao fazer os comentários. Segundo ela, não há motivos para criar complicações por conta do episódio. Dilma falou à imprensa após entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida na cidade de Capanema (PA). A declaração surpreendeu pelo fato de o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ter telefonado ao ministro durante o fim de semana para “repassar” mensagem de insatisfação da presidente em relação ao ocorrido.

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Por isso, Levy foi enfático em dizer que a decisão sobre o ajuste fiscal está nas mãos do Congresso e que, se não for aprovado, o Brasil pode perder o voto de confiança dado pelas agências de classificação de risco, que não rebaixaram (ainda) a nota do Brasil.

Questionado se sua estadia no governo é temporária ou duradoura, ou seja, se ele só foi convocado por Dilma para fazer os duros ajustes ou se deve ficar por mais tempo, depois que a “tempestade” passar, o ministro se esquivou e disse que ninguém é dono das políticas, que elas são feitas para perdurar no longo prazo.

Durante o evento, Levy também repetiu várias vezes que as políticas de desonerações feitas nos anos anteriores fizeram sentido naquele contexto, mas que agora o mundo é outro e o país precisa se adaptar a uma China menos pujante, ao fim do boom das commodities e aos EUA trazendo à normalidade sua política monetária. “Precisamos acompanhar o que o mundo está fazendo porque agora o cenário mudou e nossa capacidade de fazer medidas anticíclicas acabou”, disse.

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