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Elon Musk volta colocar em xeque o acordo de US$ 44 bi com o Twitter

O bilionário diz que o número de robôs na rede social é maior que o informado; ágio entre a oferta de Musk e o valor das ações do Twitter já chega a 40%

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 Maio 2022, 09h20 - Publicado em 17 Maio 2022, 08h49

Dias depois de declarar que o negócio para a compra do Twitter estava suspenso e, horas depois, dizer que continuava interessado na aquisição, Elon Musk iniciou mais um capítulo na novela da compra de sua rede social favorita. O bilionário afirmou nesta terça-feira, 17, que não prosseguirá com a aquisição de 44 bilhões de dólares ofertada pelo Twitter a menos que a gigante da mídia social possa provar que os bots representam menos de 5% de seus usuários, lançando ainda mais incertezas sobre o acordo e aumentando as suspeitas de que o homem mais rico do mundo quer baixar o preço para efetivar a compra. 

O bilionário tuitou que “este acordo não pode avançar” a menos que o Twitter forneça provas de suas alegações, reiterando sua própria opinião de que a proporção de robôs é muito maior.

Nesta manhã, os papéis da companhia de rede social caíram 3,2% nas negociações pré-mercado em Nova York, depois de recuarem mais de 8% no dia anterior, segundo a agência Bloomberg. O spread entre o preço de oferta de Musk de 54,20 por ação e o valor do último fechamento é de cerca de 40%, sugerindo que os investidores acham que há pouca chance de o negócio ser fechado sem desconto. 

A nova tuitada de Musk complica uma aquisição já caótica, potencialmente um dos maiores negócios que a indústria da internet já viu. Recentemente, ele brigou com o CEO do Twitter, Parag Agrawal, sobre a forma como a gigante da mídia social contabiliza bots, alimentando especulações de que Musk pode tentar baixar o preço ou até mesmo desistir do movimento. 

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O Twitter disse que está “comprometido em concluir a transação no preço e nos termos acordados o mais rápido possível”, em comunicado na terça-feira à Bloomberg

A briga sobre os robôs se tornou um ponto para Musk semanas após anunciar a proposta para a compra da rede social. Em uma  conferência de tecnologia em Miami, o bilionário disse que usuários falsos representam pelo menos 20% de todas as contas do Twitter, possivelmente até 90%. O Twitter afirma regularmente em seus resultados trimestrais que a média de contas falsas ou spam “representava menos de 5% de nossos usuários ativos diários mensais durante o trimestre”, acrescentando que aplicou “julgamento significativo” a sua estimativa.

Segundo a Bloomberg, a aquisição proposta inclui uma taxa de separação de 1 bilhão de dólares para cada parte, que Musk terá que pagar se encerrar o acordo ou não entregar o financiamento da aquisição conforme prometido. Não está claro se uma atualização do Twitter sobre o número de contas falsas – se materialmente maior que 5% – acionaria a chamada cláusula de efeito adverso material, liberando Musk de tal taxa.

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