Eike se diz arrependido de entrar no mercado de ações
Em meio ao 'inferno astral' das empresas do grupo X, Eike defendeu a credibilidade de seus negócios em artigo publicado no jornal 'Valor Econômico'
O empresário Eike Batista veio a público defender-se da crise de credibilidade que ronda seu grupo empresarial e se diz arrependido de ter entrado na Bolsa de Valores. Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, na edição desta sexta-feira, ele afirma que “se pudesse voltar no tempo, não teria recorrido ao mercado de ações”.
Eike diz que teria sido melhor estruturar um fundo privado de participações em empresas (private equity). “Se algum dia mereci a confiança do mercado foi porque havia uma trajetória de mais de 30 anos de muito trabalho”, diz o texto. Ele faz também uma análise da OGX, dizendo que continua acreditando na empresa e que foi o acionista que mais perdeu nesse negócio.
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O empresário afirma ter recebido propostas pela OGX tanto por fatias quanto pelo controle a partir de uma avaliação de 30 bilhões de dólares e que colocou mais de um 1 bilhão de dólares do próprio bolso na empresa. “Eu perdi e venho perdendo bilhões de dólares com a OGX”, admite Eike.
Ele diz ter se cercado de profissionais capacitados e contado com auditorias e relatórios independentes, como o da consultoria DeGolyer & MacNaughton. Neste, havia prognósticos de recursos aproximados de 10,8 bilhões de barris de óleo. “Evidentemente eu estava extasiado com as informações que me chegavam. Podia tê-las guardado para mim? Não, eu era o controlador de uma companhia de capital aberto e o que fiz foi compartilhar”.
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Quanto às demais empresas do grupo, Eike Batista menciona que nos casos de MPX, MMX e LLX “a depreciação de valor de mercado é claramente incompatível com o que elas têm a oferecer”. Ele critica quem o chamava de “o cara do papel, do power point”. O empresário ainda se diz frustrado por não ter sido capaz de entregar o que ele mesmo esperava nos casos de OGX e OSX, e alega ter sempre agido de boa-fé.
(com Estadão Conteúdo)