Eike Batista é processado por aprovar contas da ex-OGX irregularmente
Trata-se do nono processo da Comissão Valores Imobiliários (CVM) contra o empresário
A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) abriu o novo processo contra Eike Batista, acusado de aprovar irregularmente as contas da Óleo e Gás Participações (OGpar, ex-OGX). De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, Eike não tinha permissão para votar sobre as demonstrações contábeis de 2013 em assembleia de acionistas, já que a lei não confere este direto aos membros do conselho de administração.
Leia também:
Eike termina ‘tranquilo’ 1º dia de julgamento por crime financeiro
Ex-OGX desiste de cobrar US$ 1 bilhão de Eike Batista
Eike sabia que OGX não tinha o óleo prometido, mostra livro
Eike foi reeleito presidente do conselho de administração da OGpar no mesmo dia da reunião, em 2 de maio, e seu voto fez com que as contas da empresa fossem aprovadas por 50,54% dos acionistas. A OGpar está em recuperação judicial desde novembro do ano passado, sendo que a participação de Eike caiu de 50,16% para atuais 14%.
Julgamento – Na Justiça, o ex-bilionário responde pelos crimes de manipulação de mercado e insider trading – que consiste na negociação de ações quando se detêm informações privilegiadas sobre uma determinada companhia. Na semana passada, aconteceu a primeira sessão do julgamento no prédio da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Se condenado, as penas previstas podem chegar a oito anos de prisão.
Na ocasião, o juiz da 3ª Vara Criminal Federal, Flavio Roberto de Souza, decidiu ouvir apenas três testemunhas. O magistrado agendou outras duas sessões para os dias 10 e 17 de dezembro. Na próxima audiência, será ouvida uma testemunha de defesa e outras de acusação. A audiência seguinte ocorrerá por meio de videoconferência, com testemunhas da acusação, que falarão de São Paulo.