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Economista Edmar Bacha alerta para necessidade de diversificar a economia

Por Da Redação
8 jan 2012, 13h15

São Paulo, 8 jan (EFE).- O economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, alertou para o risco da dependência das matérias-primas e defendeu uma maior diversificação da economia.

‘Acho que o perigo é que não saibamos administrar a riqueza dos recursos naturais que já temos. Uma riqueza que será maior no futuro com a exploração do petróleo na camada pré-sal’, disse Bacha em entrevista concedida ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’.

Para o economista, um dos formuladores do Plano Cruzado, no governo de José Sarney, é necessário tomar medidas para não cair na ‘maldição dos recursos naturais’ que, em sua opinião, afetou países como a Venezuela e Argentina; quando a descoberta de matérias-primas gera uma riqueza súbita ‘que não é fruto de um trabalho prévio, da acumulação de capital nem da melhora dos recursos humanos’.

Na opinião do analista, a solução está em ‘usar esta grande oportunidade das matérias-primas em alta para aumentar a taxa de poupança e investir não só em infraestrutura, mas também na diversificação da economia e na melhoria da educação’.

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‘Porque desse modo, em algum momento teremos uma economia mais sólida que não dependerá somente das matérias-primas’, afirmou Bacha, acrescentando que as chaves do crescimento sustentável são: ‘poupança, tecnologia e educação’.

‘Temos problemas sérios. A qualidade da educação é péssima e somos um país pouco inovador. Além disso, a taxa de poupança é muito baixa’, declarou.

Bacha citou como exemplos de boa gestão de recursos naturais Chile e Noruega, países que criaram fundos soberanos que não permitem sobrevalorização da moeda e nos quais os rendimentos são usados para promover a diversificação da atividade econômica.

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De acordo com sua análise, os preços das matérias-primas, embora possam sofrer retrocessos temporários devido à crise que aflige os países industrializados, nações como China e a Índia seguirão contribuindo para a inflação dos produtos básicos e qualificou o momento atual de era ‘asiocêntrica’.

Segundo as últimas estimativas, a economia brasileira acelerou cerca de 3% em 2011, dado sensivelmente inferior à expansão de 7,5% de 2010.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos anos responde em grande medida às exportações de matérias-primas, que favorecem a entrada de divisas no país e a consequente revalorização do real. EFE

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