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“É um portal que se abre na hora certa”, diz Guedes sobre entrada na OCDE

Brasil trabalha na redação de um memorando necessário para começar efetivamente as negociações com a entidade

Por Luana Zanobia Atualizado em 6 out 2022, 20h48 - Publicado em 6 out 2022, 17h23

O governo federal explicou nesta quinta-feira, 6, o processo de preparação do Brasil para ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o atual estágio do trâmite. O ato de efetivação do Brasil como país-membro da organização depende de avaliação das políticas públicas brasileiras e do alinhamento do país às boas práticas internacionais. O evento contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira; da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Carlos França; e o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos.

A OCDE aprovou em junho deste ano o plano de adesão do Brasil ao grupo, que reúne as economias mais avançadas do mundo. Desde então, o Brasil trabalha na redação de um memorando necessário para começar efetivamente as negociações com a entidade. “O ingresso do Brasil na OCDE vai ajudar para que possamos lidar com nossos gargalos e ineficiências, o famoso custo-Brasil. Vamos ter acesso a melhores práticas internacionais em diversas áreas, não apenas na área comercial e econômica, mas também ambiental, energética, e muitas outras”, disse o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

Dos 262 instrumentos normativos necessários para entrar na OCDE, o Brasil preencheu 108, tem 47 sob aprovação e 77 para readequação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está bem à frente de outros candidatos para ingressar na organização. “O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, não pode dizer isso, mas ele tem insinuado que o Brasil está à frente dos demais candidatos”, disse. Guedes também aproveitou o momento para exibir o desempenho econômico do país frente às demais nações. “O Brasil está entrando no grupo de economias mais avançadas, é o caminho da prosperidade. No momento em que nosso continente está desmanchando, o Brasil aparece como porto-seguro”, disse.

O ministro definiu a entrada para a OCDE como um “portal que se abre na hora certa”, evidenciando o descolamento da recuperação econômica do país das demais economias após os choques gerados pela Covid-19 e pela Guerra no Leste Europeu. “As economias passam pela reconfiguração de suas cadeias produtivas, enquanto o Brasil decola e se mostra protagonista no aspecto ambiental, alimentar e será decisivo para a segurança energética do mundo”, conclui Guedes. 

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Mas, o aspecto ambiental ressaltado por Guedes é um dos principais entraves para garantir a integração ao bloco. A negociação com a OCDE pode encontrar muitas barreiras, em especial, porque muitos países europeus possuem uma imagem negativa do país nas questões de preservação ecológica, tema que é central na Europa. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro entrou em alguns desentendimentos com alguns países, como a França e a Alemanha, e pouco avançou na negociação e construção de relações diplomáticas nos últimos quatro anos.

A OCDE tem sinalizado que será mais exigente e deve esperar “mais ação e menos promessa” do país, que vem sendo alvo de duras críticas da imprensa nacional e internacional pela irresponsabilidade ambiental, embora tenha crescido o incômodo com as possibilidades de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer o pleito e pedir a reabertura de alguns acordos, como o do Mercosul-União Europeia, que ainda aguarda ratificação.

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