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Drogas e prostituição vão entrar nas contas do PIB britânico

Inclusão dos novos “setores” vai acrescentar 10 bilhões de libras ao cálculo

Por Da Redação
29 Maio 2014, 16h02

A Grã-Bretanha vai incluir, pela primeira vez, a movimentação financeira de prostitutas e traficantes de drogas nas contas oficiais do país. A decisão, um tanto controversa, integra um pacote de medidas para aumentar o Produto Interno Bruto britânico em até 5%. A inclusão desses dois “setores” vai acrescentar cerca de 10 bilhões de libras à economia – cerca de 37,1 bilhões de reais ou o custo atual da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro.

Entre os anos entre 1997 a 2009, a prostituição e as drogas ilegais movimentaram 7 bilhões de libras a 11 bilhões de libras, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês). “As economias se desenvolvem e evoluem, por isso as estatísticas devem acompanhar esse processo”, disse Joe Grice , economista-chefe do ONS ao jornal The Guardian. “Essa revisão vai ajudar a organização a continuar oferecendo os melhores dados para que o governo tome as decisões-chave nos negócios.”

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O ONS vai trabalhar nos próximos meses com os dados dos últimos cinco anos. A ideia é que esses números da economia subterrânea passem a ser utilizados a partir de setembro, quando será realizada a revisão das contas nacionais. Os números vão cobrir a produção, importação e venda de drogas ilegais, como a heroína e a cocaína, e a prestação de serviços de prostitutas na categoria mais ampla de gastos das famílias em serviços pessoais.

No entanto, fazer a medição desses dados não será tarefa fácil. Faltam fontes oficiais e confiáveis para ser analisados. O ONS estima, por exemplo, que o total de prostitutas na Grã-Bretanha em 2004 extrapolava o número de uma pesquisa em Londres naquele ano. Para chegar a um dado próximo à realidade, o escritório fez suposições sobre o número de clientes que uma prostituta tem por semana, o número de semanas trabalhadas por ano e o pagamento por cliente.

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Diretrizes estatísticas europeias dizem que as transações ilegais devem ser incluídas para medir o tamanho de uma economia. A Grã-Bretanha vai se juntar à Estônia, Áustria, Eslovênia, Finlândia, Suécia e Noruega, que já utilizam o mercado de prostituição e drogas ilegais para compor o PIB.

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Outras mudanças, que irão refletir em novas normas internacionais adotadas por todos os membros da União Europeia, serão anunciadas em junho.

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