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Dólar volta a fechar acima de R$ 4 com petróleo e apreensão fiscal

Moeda americana subiu 2% nesta terça-feira refletindo retomada da aversão a risco nos mercados globais diante do preço do petróleo e da situação fiscal do país

Por Da Redação
16 fev 2016, 17h45

O dólar saltou quase 2% nesta terça-feira e fechou acima de 4,05 reais pela primeira vez em mais de duas semanas, refletindo a retomada da aversão a risco nos mercados globais diante do tombo dos preços do petróleo e preocupações com a situação fiscal do país. A moeda americana avançou 1,86% e fechou a 4,07 reais na venda, maior nível de fechamento desde 28 de janeiro (4,08 reais). O dólar futuro avançava cerca de 1,75% no final da tarde.

O dólar vinha operando abaixo de 4 reais durante todo o mês, após renovar suas máximas históricas em meados de janeiro.

“O movimento do mercado estava bom demais para ser verdade, bom demais para a nossa situação”, disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato. “O petróleo serviu de gatilho, mas a verdade é que o investidor local está pessimista demais para aceitar esses níveis baixos.”

Investidores temem que o governo brasileiro se afaste do rigor fiscal que vem prometendo desde o ano passado diante da profunda recessão econômica e das turbulências políticas. Segundo operadores, o cenário de incerteza deve ganhar mais força nos próximos dias com a volta das atividades do Congresso.

“Faz sentido buscar proteção (no dólar) em um cenário de incertezas locais como o atual”, disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

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As preocupações locais somaram-se às perdas nos preços do petróleo, que passou a cair depois que Rússia e Arábia Saudita concordaram em congelar a produção nos níveis de janeiro se outros grandes exportadores se juntarem a eles. Irã, no entanto, era um dos entraves ao plano. “As moedas ligadas a commodities acompanham o petróleo, uma segue a outra”, disse o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

Operadores ressaltaram ainda que o mercado voltou a ganhar volume nesta sessão, após o pregão de liquidez reduzida na segunda-feira devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos, que manteve os mercados locais fechados.

Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 5,217 bilhões de dólares, ou 52% do lote total, que equivale a 10,118 bilhões de dólares.

Leia também:

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Varejo brasileiro recua 4,3% em 2015, sua maior retração já registrada

(Com agência Reuters)

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