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Dólar tem maior alta em mais de 2 meses com indefinição sobre Previdência

Lua de mel do mercado com futuro governo pode ter duração menor com adiamento da agenda de reformas prometidas na campanha

Por Redação
Atualizado em 13 nov 2018, 19h41 - Publicado em 13 nov 2018, 19h22

O dólar fechou esta terça-feira, 13, vendido a 3,8313 reais, um avanço de 1,99% em relação ao pregão de segunda-feira. É a maior alta porcentual em mais de dois meses – teve uma subida de 2,01% em 21 de agosto – e o maior valor de fechamento desde 5 de outubro (3,857 reais).

O desempenho foi influenciado pela frustração do mercado com a agenda de votação da reforma da Previdência. O presidente eleito Jair Bolsonaro admitiu na segunda-feira, 12, pela primeira vez, que seria muito difícil aprovar qualquer coisa neste ano. Logo após sua vitória, ele vinha defendendo que uma parte das mudanças fosse votada ainda em 2018. Mas o o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que é preciso ter humildade para saber o que pode e o que não pode fazer, se referindo ao Congresso, onde metade de seus membros não se reelegeu.

“Mesmo com os investidores locais acreditando que havia poucas chances de a reforma ser aprovada neste ano, a digestão de que deve ficar para o ano que vem trouxe cautela e fuga de recursos, principalmente dos investidores estrangeiros, que foram os maiores responsáveis pela alta do dólar”, disse o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

De acordo com relatório do Banco Votorantim, há pouco espaço para o futuro governo avançar na aprovação de reformas. Um dos principais desafios do próximo governo será justamente ‘construir e administrar uma maioria parlamentar estável’. “Por um lado, o alinhamento ideológico com o Congresso e a negociação com frentes temáticas – agronegócio, evangélicos e segurança – ajudam o governo. Por outro, o capital político modesto, a maior fragmentação no Parlamento e o menor compartilhamento de poder (distribuição de cargos) e recursos (emendas orçamentárias) podem dificultar a coordenação da base de apoio do governo. Justamente por isso, nosso cenário assume baixos riscos de crises de governabilidade, pouco espaço para retrocessos institucionais e avanços moderados na agenda de reformas”, diz relatório assinado pelo economista Roberto Padovani.

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O banco prevê que o futuro governo comece com alta popularidade, mas que a lua de mel pode ser curta. “A experiência história recente também mostra que pode haver uma queda rápida na avaliação de governo, definindo um curto período de lua de mel.”

A alta do dólar também foi influenciada pelo cenário externo e proximidade dos feriados, quando os mercados não abrem e os investidores costumam evitar riscos. “Petróleo, exterior e feriado”, resumiu o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello para justificar a alta do dólar ante o real nesta sessão.

Os preços do petróleo tombaram nesta sessão, com queda de mais de 6%, devido a preocupações sobre o enfraquecimento da demanda global, excesso de oferta e vendas em outras classes de ativos, incluindo ações.

(Com Reuters)

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