Dólar tem leve alta, em dia de poucos negócios
Moeda americana sobe 0,06%, com liquidez reduzida por causa do Dia dos Presidentes nos EUA; Bovespa sobe mais de 1%
O feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos reduziu nesta segunda-feira o volume de negócios nos mercados de moeda em todo o mundo. No Brasil, o dólar oscilou em margens bastante estreitas durante toda a sessão, sem se afastar muito dos níveis de fechamento da sexta-feira. Um viés negativo para a moeda americana no exterior, após dados fracos divulgados na China e no Japão, também foi percebido por aqui, mas em menor intensidade. O dólar acabou fechando em leve alta, de 0,06%, a 3,99 reais.
A moeda americana abriu a sessão em baixa, influenciada pelo exterior. Isso porque os números vindos da Ásia decepcionaram. O Produto Interno Bruto (PIB) japonês teve queda anualizada de 1,4% no trimestre de outubro a dezembro do ano passado – e a previsão era de recuo de 1,2%. Já a China informou um superávit comercial de 63,29 bilhões de dólares em janeiro, acima da previsão de 60,5 bilhões de dólares. O problema é que o resultado foi consequência de uma redução de 18,8% das importações no período, bem mais que o recuo de 11,2% das exportações.
Os dados trouxeram de volta para os negócios a percepção de que mais estímulos poderão ser adotados por esses países – o que, na prática, pode elevar a liquidez global. Além disso, o petróleo dava continuidade mais cedo ao avanço visto no fim da última semana, tanto em Londres quanto em Nova York.
Sob esse cenário, as bolsas de valores subiam e o dólar recuava em relação a várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities. No Brasil, a moeda americana chegou a recuar 0,46%, ainda pela manhã. Já na reta final da sessão, a Bovespa subia 1,14%, aos 40.262 pontos, sob influência do exterior, onde os principais índices de ações europeus registraram ganhos consistentes.
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(Com Estadão Conteúdo)